
Em uma entrevista ao PAT, Bukowski destacou os projetos em andamento, focados na reintegração dos apenados à sociedade e na criação de oportunidades de trabalho, marcando uma mudança significativa desde sua última administração em 2018, ou seja, está é a segunda vez que ele fica à frente da cadeia.
Atualmente, Alegrete tem 117 apenados no sistema de tornozeleira eletrônica, enquanto 180 estão detidos em outras cadeias e 110 que é a capacidade máxima do PEAL(mediante determinação do Juiz), além de 17 em regime domiciliar. Bukowski enfatizou que o trabalho realizado agora difere significativamente de sua gestão em 2020, com três anos sem incidentes graves na casa prisional. Este progresso, segundo ele, é resultado de esforços conjuntos não apenas na estrutura física, do trabalho realizado pelos colegas, mas também na colaboração do judiciário, que tem sido ágil em atender às demandas, alcançando recordes de resolução.
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Laercio Lanes é o chefe de segurança e a ênfase está em manter projetos e reformas, proporcionando oportunidades de trabalho aos apenados como parte do processo de reintegração social. “A mão de obra prisional sustenta todas as demandas de reforma e construção, oferecendo aos detentos uma chance de adquirir habilidades profissionais”, explicou.
Uma das iniciativas notáveis é a criação de uma fábrica de artefatos de cimento em parceria com a Prefeitura Municipal de Alegrete. Todo o maquinário foi doado e está passando por manutenção. Verbas judiciais serão usadas para construir um galpão, e os materiais produzidos terão custos 50% mais baixos para o Município, incluindo bueiros, cordões e tampas de lobo.
Além disso, está em andamento a construção de um muro na frente da prisão, aumentando a segurança tanto para os agentes quanto para a comunidade. Desde setembro, a segurança externa também é realizada pela SUSEPE, seguindo uma determinação do governo estadual que retirou o efetivo da Brigada Militar das prisões.
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O PEAL também está se preparando para uma reforma no setor administrativo e a construção de um pavilhão para oferecer cursos e palestras. Além disso, máquinas serão instaladas para a produção de fraldas geriátricas e infantis, um projeto destinado não apenas à reabilitação das detentas, mas também para ser destinada à Prefeitura.
Paulo enfatizou a importância de inserir o Protocolo de Ação Conjunta (PAC) no PEAL, visando “reformar” a realidade da maioria dos apenados que, após deixarem a prisão, têm dificuldades em se reintegrar à sociedade. “Muitos presos retornam ao sistema após serem libertados por falta de opções. Estamos trabalhando para mudar essa realidade e reintegrar essas pessoas à sociedade”, acrescentou.
Bukowski, um alegretense com 13 anos de experiência na Susepe, está otimista quanto à nova fase, incluindo também a criação de uma sala de aula. Em conjunto com um projeto elaborado pelo Juiz de Direito Rafael Borba, diversos órgãos municipais estão colaborando para fornecer o apoio necessário aos presos após a liberação. Uma Unidade Básica de Saúde móvel, com médico, enfermeira e dentista, também atua no presídio todas as sextas-feiras.
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No momento, o PEAL, mesmo com a capacidade para 59 detentos, não tem nenhum dormindo no chão. As condições de alimentação são consideradas adequadas, e as visitas ocorrem regularmente, sem problemas. Além disso, quase 40 presos estão trabalhando externamente no Protocolo de Ação Conjunta (PAC).
