UPA registra superlotação nos últimos dias

Desde o início da semana, novamente, a Unidade de Pronto atendimento - UPA - está sofrendo com a superlotação. Na segunda-feira, foram 247 atendimentos e nos demais dias o número também se manteve acima de 200.

Conforme o diretor da UPA, André Senna, os pacientes são de todas as idades e a maioria com atendimentos que poderiam ser realizados em postos de saúde, todavia, eles alegam a falta de profissionais e/ou o número de fichas de atendimento esgotadas.

Essa situação, segundo André, acaba congestionando o serviço da UPA que deveria ser especificamente urgências e emergências, além do transtorno que muitas vezes ocorre pois as pessoas que procuram por atendimento não compreendem que a consulta será de acordo com a classificação, portanto, não é por ordem de chegada, o que pode ocorrer de pessoas que chegaram até mesmo uma hora depois serem atendidas antes, assim como, todas as urgências e emergências que também chegam à UPA.

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“É comum os pacientes agredirem verbalmente os atendentes pois já estão esperando há mais tempo ou se queixam do descontentamento pelo período que estão aguardando, contudo, é exatamente por esse motivo que é realizada a triagem. Para que as situações mais graves sejam prioritárias” – explica.

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Outro fator muito importante, que tem sido alvo de muitas queixas dos profissionais de saúde é a falta do uso de máscara, embora, tenha sido desobrigado o uso em locais fechados conforme o Decreto Municipal, no dia 31 de março, há exceções como: o transporte coletivo e estabelecimentos de serviços de saúde, onde segue obrigatória a proteção. Nas instituições de longa permanência para idosos e pessoas com fatores de risco, casas de passagens, públicas ou privadas, farmácias, consultórios, Santa Casa, UPA, clínicas (fisioterapia, odontologia e etc), ambulatórios, postos de atendimento, públicos e privados; a máscara fica obrigatória. Por esse motivo, não tem como a Unidade de Saúde fornecer máscara para todos que chegam no local.

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O PAT falou com a Secretária de Saúde Haracelli Fontoura e ela foi taxativa em dizer que não há falta de médicos nas Unidades Básicas de Saúde do Município, com exceção da ESF do bairro Saint Pastous, mesmo assim, ocorre um revezamento para que a comunidade seja atendida.

Porém, a Secretária acrescenta que há anos, por determinação do Ministério da Saúde, nas ESFs não há especialistas atendendo como, ginecologistas, cardiologistas, pediatra entre outros, embora o Município tenha os profissionais que atendem os pacientes conforme indicação, encaminhamento e orientação do médico da família, que é o clínico geral que atende nas ESFs.

Já em relação ao Edital, para contratação de mais profissionais, ela falou que está em andamento tanto o dos médicos quanto dos técnicos. “Essa contratação dos cinco médicos estamos fazendo em razão de que o mesmo número se aposentou. Por esse motivo vamos suprir e desde o ano passado já abrimos o primeiro edital e só três se candidataram e não entregaram a documentação necessária.”- ´pontuou.

A Secretária rechaça a informação de que a falta de médicos na ESFs seria o motivo da população se direcionar à UPA e reitera que enquanto o Ministério da Saúde manter como Estratégia da Saúde da Família, não haverá especialistas, específicos, nas Unidades, essa falta de profissionais não é apenas aqui no Município. O médico da família é quem vai atender desde crianças, adolescentes, adultos e idosos, independente da queixa inicial, após a avaliação, ele é quem encaminha, se houver necessidade para o especialista na área”- comenta.

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