Vânia Guerra morreu de infarto aos 67 anos

Morreu nesta tarde(7), a produtora agropecuária, professora e líder política, Vânia Guerra. Intelectual de fôlego por afinidade à leitura e ao conhecimento, também é mãe de três filhos.

Vânia Guerra
Vânia Guerra

Morreu nesta tarde(7), a produtora agropecuária, professora e líder política, Vânia Guerra. Intelectual de fôlego por afinidade à leitura e ao conhecimento, também é mãe de três filhos.

Conforme informações de pessoas próximas que estavam na manifestação de hoje, a professora de 67 anos teria sofrido um infarto fulminante, após o almoço.

A morte da líder política que foi candidata à Prefeitura de Alegrete na última eleição deixou a todos em choque. Fátima Marquezan, destacou que foi a responsável por entregar marmita com carreteiro feito no Parque Nehyta Ramos, em decorrência da manifestação deste dia 7 de Setembro. Uma das grandes amigas de Vânia, Zila Leite, disse que ela estava rindo, feliz, olhando o movimento de São Paulo e Brasília quando ela sofreu o infarto.

Vânia Guerra
Vânia Guerra – foto nesta manhã.

Vânia participou da carreata, fazia parte da organização e sempre foi uma das defensoras da bandeira do Governo Bolsonaro. Através de articulações junto ao deputado Sanderson, Vânia foi uma das responsáveis pela aquisição do novo tomógrafo da Santa Casa de Alegrete.

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Vânia Guerra foi candidata pelo PRTB à prefeitura de Alegrete no ano passado tendo como vice o Coronel Marco Antônio Castro (PRTB). Vânia Guerra(PRTB) ficou com 2.073 votos o que representou 5,39%.

Quem era Vânia Guerra:

Vânia Dornelles Guerra era a única mulher numa família de quatro filhos, natural de Getúlio Vargas. Ela cresceu sob a orientação política e intelectual do pai, Dr. Oswaldo Guerra, médico, e de Dona Eni Dornelles Guerra, dona-de-casa, ambos filhos de famílias tradicionais de Alegrete.

Seus ensinamentos forjaram o escopo intelectual e político da mulher que,  já nos anos 70, começava a fazer política no Grêmio Estudantil D. Pedro II do Instituto de Educação Oswaldo Aranha.

Aos 17 anos, iniciou trabalho voluntário assistencial no Presídio de Alegrete, juntamente com sua turma do Curso Normal.  Já se preocupava com a recuperação moral e social das pessoas. Fiel ao pensamento de que precisava estar onde podia ensinar, em 1990, ministra a Oficina de Terapia Ocupacional Para Recuperação de Apenados, cuja culminância ocorreu no Museu Histórico Oswaldo Aranha com a Exposição de Natal. A renda obtida na ocasião, reverteu em benefício das famílias dos apenados.

Quem a conhece diz:

Mulher campeira, que adora a vida rural e os amigos, intelectual de fôlego por afinidade à leitura e ao conhecimento, mãe de três filhos criados no amor e educados com valores éticos e morais, hoje homens probos e trabalhadores, é um ser humano naturalmente caridoso de mãos sempre estendidas e palavras encorajadoras. Foi resiliente aos tantos vendavais que lhe açoitaram a vida.

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Essa mulher de fibra e de coragem é sensível e intuitiva, dona de uma perspicácia incomum. Vânia Guerra é uma mulher de inteligência privilegiada, lúcida e que viveu e vive dentro de suas convicções conservadoras, cristãs e com um elevado sentimento de patriotismo.

Combatia as injustiças sociais, indignava-se com a improbidade, revolta-se com a corrupção e a deslealdade lhe tira do sério! É amiga dos seus amigos! Valoriza a competência, a proatividade, as iniciativas construtoras do bem comum. Defende uma economia liberal, de mercado, a austeridade e a meritocracia na administração pública.

Produtora rural e cidadã

Fez parte do grupo fundador do Movimento das Produtoras Rurais de Alegrete – MOPRA, tendo participação efetiva nas ações de combate ao MST no Rio Grande do Sul. Percorreu o estado, se fazendo presente nas principais invasões ocorridas, situações onde somava-se às ações de resistência dos produtores e proferia palestras, com o intuito de organizar a classe em defesa da propriedade privada.

Participou da coordenação e execução do I Seminário Internacional do Bioma Pampa, promovido pelo MOPRA, juntamente com o Sindicato Rural de Alegrete. Na ocasião, já era uma de suas bandeiras que o discurso da preservação ambiental deveria estar na boca do produtor rural, por ser ele quem defende, cuida e conserva a terra onde trabalha e produz alimentos.

Envolveu-se, ainda com o MOPRA, na criação e regulamentação jurídica da Cooperativa das Artesãs de Alegrete -COAMA, da qual é Presidente de Honra.

Fundou, em 12 de julho de 1994, dentro da sua casa, a Associação dos Moradores e Amigos da Praça Nova. Em outubro, a Associação, junto com o SESC, realizou o evento “Criança na Praça” com o objetivo de resgatar o espaço para o desfrute da comunidade.

Mobilizou a comunidade da Capela Santa Teresa, em 1996, para que fosse reaberta a capelinha, devolvendo a missa dos sábados à tarde e o espaço das orações para as famílias da Praça Nova e adjacências.

Realizou ao ar livre, em 1996, a Novena de Natal na Praça Nova, cuja culminância teve a encenação do nascimento de Cristo.

Criação e obras

Foi editora-chefe de redação do jornal Amanhã, membro do Instituto Quintanares e manteve coluna no Jornal Gazeta de Alegrete e Em Questão, tendo mantido intensa participação na vida cultural da cidade.

Fundou, dentro da sua casa, junto com os filhos e amigos, o Piquete Pampa Sem Fronteira.

Venceu diversos concursos literários nas modalidades de Poesia, Crônica e Conto, em âmbito estadual e municipal. Na Campereada Internacional de Alegrete, suas premiadas participações eram diversas, iam da literatura aos doces campeiros.

No carnaval de Alegrete, foi autora de enredos vitoriosos defendendo a Escola de Samba Mocidade Independente da Cidade Alta – MICA: “Escrito nas Estrelas”, “Dançando a Tarantella” e “O Circo Chegou”.

Com informações : Agro Floresta Amazônia – Principais Notícias do Agro!

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Vagner Souza

Meus sentimentos à família e amigos da professora Vânia Guerra! Aqueles que ficam e aquela que segue, Paz! ???