Yonlu, de Hique Montanari, é o melhor filme independente da América do Sul

O filme Yonlu do cineasta alegretense Hique Montanari acaba de ganhar mais um prêmio internacional.

Yonlu venceu na categoria de Best Indie Film From South América ou seja, Melhor Filme Independente da América do Sul, no Festival Best Filme Awards, realizado em Londres.

O Best Film Awards é uma organização que traz o IMDb Qualifing Online Film Festival com exibição para cineastas de todo o mundo. No ano passado, foram homenageados os diretores que foram selecionados para o Oscar e ao BAFTA.

O festival é baseado em uma abordagem profissional. Focado no lado técnico do filme, na ideia do filme, na performance dramática, no tom do filme, no roteiro, no conflito, na avaliação da realidade da ação, nas atuações e nos detalhes sobre os quais o filme é composto.

Os organizadores do festival são cineastas, produtores e empreendedores. E sabem como é difícil mostrar ao mundo que alguém aprecia o trabalho. Por isso que criaram um projeto único no qual envolve vários jurados de todo o mundo e uma nova oportunidade de mostrar o filme ao mundo. A missão é reconhecer o talento e a paixão e premiar o melhor projeto de filme.

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“Com muita felicidade, compartilhamos mais uma premiação internacional do filme Yonlu, Viva o Cinema Brasileiro”, destacou o alegretense Hique Montanari.

Vinícius Gageiro (Thalles Cabral), mais conhecido como Yonlu, é um jovem poeta, músico e desenhista, fluente em quatro idiomas. Apesar de talentoso, ele decidiu dar fim à sua vida depois de ingressar em uma comunidade virtual de assistência para potenciais suicidas.

Yonlu, o filme – Thalles Cabral como Yonlu – still de Rodrigo Marroni

O espectador deste drama descobre, desde o início, que Yonlu se matou. O jovem com notável talento artístico e boa estrutura familiar seguiu os conselhos de um fórum da Internet para descobrir como retirar a própria vida. O suicídio, no caso, não é apenas um ponto de partida, mas um conflito que pesa sobre toda a narrativa.

O espectador é convidado a ler cada imagem pela ótica da morte iminente, o que confere à trama um aspecto mais melancólico, mais grave – especialmente por se tratar de um adolescente de 16 anos, num caso tornado famoso em 2006.

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O diretor alegretense Hique Montanari possui um material delicado em mãos. Muitas representações do suicídio têm sido criticadas recentemente, seja por romantizarem a morte como um ato heroico – especialmente no caso de jovens artistas –, seja por julgarem moralmente a vítima, atribuírem uma causa única aos fatos, ou ainda explorarem o sofrimento.

Fotos: reprodução

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