A rotina de síndicos que desempenham um papel importante na vida de um condomínio

Ser o representante legal do condomínio é uma das tarefas que não agrada todos. O síndico é o responsável por toda a documentação do condomínio, e por representar o condomínio em juízo, quando solicitado.

Mas muito além disso, o síndico é um facilitador da comunicação do condomínio, ele ajuda seus vizinhos a resolverem seus problemas, além de zelar pelo patrimônio.

Os Síndicos exercem papel importante para os condomínios, são eles que administram o empreendimento e resolvem os conflitos do dia a dia. No dia 30 de novembro é a data que se comemora o Dia do Síndico. Uma profissão que ninguém escolhe: é escolhido por ela. Algumas requisitos fundamentais para exercer este cargo são: paciência, senso de justiça, organização e honestidade.

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O síndico é a pessoa que vai responder por todos os problemas do condomínio, buscar soluções que agradem gregos e troianos, administrar conflitos e cuidar da saúde financeira de um patrimônio compartilhado por várias pessoas.

A reportagem entrou em contato com a administradora Adicom, que gentilmente indicou três síndicos. Eles aceitaram conversar com o PAT, e contaram um pouco da vida atribulada de ser síndico.

Elvira Marck Broda, tem 56 anos, há 36 anos mora em Alegrete, é natural da cidade de Jaguari. Está há anos na função, ela reside no Condomínio Barão do Cerro Largo, 460.

São 36 apartamentos divididos em 3 blocos. A rotina da síndica Elvira, é puxada. Ela acorda às 6 hs, e faz todas tarefas do seu apartamento e logo sai para percorrer os demais. Com alguns moradores idosos, é ela que presta auxílio diariamente para estas pessoas. Elvira é síndica do tipo que ajuda todo mundo, gosta do que faz e diz se sentir bem no exercício da profissão.

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Não é para menos, logo que assumiu, logo recebeu o convite dos moradores dos demais blocos para assumir como síndica. Recebe uma ajuda de custo pelo trabalho e está sempre melhorando a qualidade de vida e primando pela acessibilidade dos blocos.

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Ela conta que quando chegou no Barão do Cerro Largo, havia problemas de goteiras e parte elétrica. “Consegui ajustar tudo aqui. Se precisa eu subo lá em cima no telhado para mostrar onde está o problema”, conversa a síndica.

Elvira é objetiva, resolve o problema na hora, faz orçamento, fala com os moradores e em poucos dias está resolvido o problema.

São 24 horas por dia em função, o recado na porta explica bem o jeito de atuação da síndica que é unanimidade entre os moradores. “O pessoal é respeitador e há muito companheirismo”, entrega a jaguariense.

Os protocolos sanitários são cumpridos à risca, uso de máscara e o álcool gel que está disponível nas portarias. O distanciamento social também é muito cobrado no Condomínio.

Em tempos de pandemia, o churrasco de fim de ano já foi cancelado e Dona Elvira já avisou o pessoal no grupo de Wattsapp, que o condomínio é pauta do Alegrete Tudo, como boa síndica, deixou todos informados sobre o que se passa no Condomínio Barão do Cerro Largo.

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São muitas as responsabilidades de um síndico, contratar funcionários, efetuar pagamentos, prestar contas, recolher tributos, fazer previsão para o orçamento e comunicar a realização de assembleias aos condôminos, esses são apenas alguns exemplos, vivenciados no dia a dia.

A duas quadras do centro da cidade, o Edifício Araçá, na Avenida Dr. Lauro tem como síndico Cícero Roberto Peres Pereira. Produtor rural Cícero, fica nas segundas e terças-feira na cidade, reside em um apartamento no Araçá, que possui 8 apartamentos e quatro coberturas, em seus quatro andares.

Ele conta que é designado para exercer a administração interna e externa do condomínio. Suas atividades são delimitadas pela convenção, regimento interno e legislações. Desde 1999, foi escolhido para desempenhar as funções de síndico, e trabalha sem remuneração alguma.

Gosta do que faz, aos 47 anos, Cícero é formado em Administração pela Unopar, especializado em áreas financeiras, gestão empresarial, Recursos Humano e Pós graduação MBA executivo em negócios.

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Como fica mais na zona rural do que na cidade, Cícero conta com ajuda do Wattsapp, para se comunicar com os condôminos. É por esse canal que toma algumas decisões sobre o andamento do edifício.

Em virtude da pandemia, as assembleias foram suspensas neste ano. Mas ele assegura que as obrigações estão em dia e já existem melhorias no prédio.

No dia da entrevista, ele agilizava a reforma da marquise da porta principal do edifício, e uma escada que dá acesso direto às coberturas. “Tento ser amigável com todos, e zelar para uma gestão financeira saudável, que possibilite melhorias para todos, não interferindo no valor do condomínio”, destacou o síndico.

A última entrevistada pela reportagem, é quase umas unanimidade por ser síndica e não morar no local. Micheli Volpato é a síndica do Edifício Porto Madero na Tiaraju, Zona Leste e ela reside no outro lado da cidade.

Nova na função ela completou dois anos como síndica e cuida da administração, contrata zelador e coordena o trabalho no condomínio.

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Deu problema, ela é a primeira ser acionada, seu telefone funciona 24hs por dia. Existem regras no condomínio, e Micheli cuida do cumprimento delas nas integralidade. Ela costuma contatar técnicos indicados pela administradora Adicom, com quem diz ter uma fiel parceria de trabalho.

O Porto Madero possui 32 apartamentos, e a vivência lá é igual aos demais visitados. Micheli diz ser solucionadora de problemas. Respeitosa, diz tratar todos igualmente e conquistou respeito de todos, o que facilita o entendimento entre condôminos e síndico.

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No Porto Madero, uma moradora se dedica a cuidar o belo jardim do condomínio. Dona Amabile, é encarregada por deixar tudo embelezado. Remunerada para exercer a função de síndica, Micheli orienta os moradores para cumprirem os protocolos sanitários e já avisou que as comemorações com aglomeração estão canceladas no condomínio, incluindo a tradicional confraternização de final de ano.

Júlio Cesar Santos