Ação Social do Município têm grandes desafios para minimizar a vulnerabilidade social

A Secretaria de Promoção e Desenvolvimento Social promoveu reunião na última quarta-feira, dia 5 de maio, com os coordenadores dos serviços da rede de Proteção Social Básica, Especial e de Alta Complexidade. A secretária da pasta, Iara Caferatti, a diretora de proteção social, Giselda Thaddeu, a diretora administrativa Cristina Nunes dos Anjos e o Conselho Tutelar participaram do encontro que teve o objetivo da melhoria do planejamento, gestão, supervisão e execução dos serviços e benefícios socioassistenciais da Prefeitura. “A estratégia também irá produzir conhecimentos para promover uma assistência social preventiva e proativa à população mais vulnerável do município. Aproveitamos para expor algumas mudanças e transformações que ocorreram nos primeiros 100 dias de governo, apresentando novos projetos e realizamos o acompanhamento periódico dos serviços e projetos já existentes, onde contamos com a colaboração de todos os servidores e funcionários”, explica a secretária.

Segundo ela, a prefeitura realiza um trabalho com um olhar diferenciado em uma cidade de contrastes, marcada pelo impulso na expansão urbana e pelo agravamento da exclusão social, ao longo da pandemia. ”Há necessidade de implementar, ampliar e dar sequência às políticas públicas e de ações socioassistenciais. Temos um trabalho articulado que precisa estar em consonância com as demais políticas públicas para fortalecer e ampliar os serviços e o atendimento na rede de unidades especializadas na proteção social da infância, da adolescência e da juventude com o desenvolvimento de ações focadas, por exemplo” disse Iara.

 

Apesar das inúmeras adversidades advindas com a pandemia, a secretária agradeceu sua equipe pela produtividade e dedicação com os diferentes serviços. Em 2020, segundo relatório, foram realizados mais de 100 mil atendimentos à população e, nestes 100 dias de gestão Márcio Amaral e Jesse Trindade, já totalizam mais de 35 mil atendimentos.

Conforme a secretária, a Prefeitura trabalha hoje desenvolvendo um planejamento estratégico e aderiu ao Cidade Empreendedora e outros projetos junto ao Sebrae-RS que vão alavancar a qualidade da gestão em cada pasta, trabalhos e iniciativas que objetivam ampliar o acesso aos benefícios socioassistenciais da Proteção Social Básica às famílias elegíveis, para reduzir a condição de vulnerabilidade e melhorar o bem-estar e qualidade de vida da população. “Nós vamos enfrentar a pobreza no município, promovendo o atendimento integral e qualificado à população em situação de risco pessoal, social ou com direitos violados, tornando Alegrete uma referência na execução de políticas socioassistenciais, em benefício de crianças, adolescentes e jovens em condição de vulnerabilidade social. Transformando ainda mais Alegrete em uma cidade mais justa e solidária”, enfatiza.

MARMITAS E SOPA SOCIAL
Outros projetos operacionalizados e propostos pela Secretaria, como a entrega de marmitas às famílias em situação de vulnerabilidade social e a proposição de criação do projeto “Sopa Social”, a ser implementado em parceria com a UABA e presidentes de bairros, bem como com os CRAS, também foram explanados. “Duas vezes na semana, à tardinha, serão servidas cerca de 100 sopas à população, através da Cozinha Comunitária”, anunciou a secretária.

PROJETO RETRATO SOCIAL
Também será retomado do Projeto “Retrato Social”, operacionalizado pelo setor do Cadastro Único em articulação com os CRAS a fim de mapear as vulnerabilidades em cada bairro direcionando os projetos e ações oriundas da própria comunidade e de empresas e instituições parceiras.

 

EMERGÊNCIA E CALAMIDADE PÚBLICA
A secretária aproveitou a ocasião e apresentou a proposição do projeto tipificado de Emergência e Calamidade Pública, que está em avaliação pelo Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), e será operacionalizado pela assistente social Tainandria Garcia Passos. O projeto ofertará aos usuários o pronto-atendimento e os referenciando aos CRAS dos territórios.
A diretora de Proteção Social, Giselda Thaddeu, explicou as tipificações dos projetos existentes e sobre as novas proposições, referenciando a legislação vigente e normas técnicas do Ministério da Cidadania.

CADASTRO ÚNICO
A coordenadora do Cadastro Único, Norma Martins, descreveu o quantitativo de atendimentos diários (de 50 a 60 atendimentos) e o aumento das pessoas em situação de extrema pobreza, potencializada pela pandemia. “É preciso que as pessoas procurem o setor para atualizar e realizar seus cadastros, tanto para concessão do Programa Bolsa Família, quanto BPC – Benefício de Prestação Continuada, atentando que qualquer alteração no grupo familiar (renda e integrantes) deve ser atualizada”, alerta.

CASA DE PASSAGEM
O coordenador da Casa de Passagem do Município, Ari da Silva Junior, refletiu sobre o trabalho na instituição, equipe técnica, adequações e elaboração do Plano de Contingência frente à pandemia do Covid-19, bem como sobre o trabalho realizado pela Equipe da Abordagem Social.

ESTUDO DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
A coordenadora Raquel Mesquita reiterou que o CRAS Leste e equipe volante Extremo Leste não estão trabalhando com agendamentos, ao que as pessoas chegam no serviço e serão atendidas.

Márcio Leonardo Duarte, coordenador do CRAS Sul e da equipe volante Norte, também técnico na Casa de Passagem do Município, apresentou o projeto Estudo Diagnóstico da População em Situação de Rua do Município de Alegrete, que está sendo realizado, bem como das articulações entre os CRAS, Escolas, Programa Criança Feliz e demais serviços da rede de atendimento.

 

CRIANÇA FELIZ, FAMÍLIA ACOLHEDORA E MORADIA TRANSITÓRIA
A coordenadora do Programa Criança Feliz, Tânia Pacheco, endossou a necessidade de articulação com os CRAS e com os demais serviços da rede de atendimento, com a proposição de reuniões com os visitadores e equipes.
Já a coordenadora da Moradia Transitória, Rosemara Damasceno Marques e a coordenadora do Projeto Família Acolhedora, Thaís Cunha, analisaram importantes dados quanto ao acolhimento nas duas modalidades. Segundo elas, neste momento, cinco crianças/adolescente estão acolhidas em famílias acolhedoras, sendo na instituição apenas uma criança. “É um trabalho exitoso realizado junto ao Ministério Público e Poder Judiciário”, comemora Thaís, informando que existem famílias já habilitadas a receber outras crianças e adolescentes, com toda a documentação regularizada e outras famílias em fase de cadastramento.

COZINHA COMUNITÁRIA
A coordenadora da Cozinha Comunitária, Karen Peres, evidenciou a importância do PAA – Programa de Agricultura Familiar, disponibilizado a comunidade, além da concessão diária de marmitas e de alimentos às famílias do circo, que iniciou na pandemia.

CENTRO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS
A coordenadora do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Jaqueline Ramos, explanou sobre a reorganização do serviço no período pandêmico. De acordo com a coordenadora, as famílias – idosos, crianças e adolescentes- estão sendo contatadas, através de chamadas telefônicas, WhatsApp e por redes sociais. “Estamos recebendo um retorno muito positivo destes usuários. Relatos de pessoas que se sentem valorizadas e agradecidas com este contato neste período tão difícil de isolamento social”, concluiu.
Jaqueline também abordou sobre a Campanha do Agasalho, onde as roupas estão concentradas na sede do setor. Ela informa ainda sobre a elaboração de cerca de 30 kits a serem entregues as gestantes, tipificados como auxílio-natalidade.

 

CONSELHO TUTELAR
A presidente do Conselho Tutelar, Celanira Bueno e a vice-presidente Márcia Rocha, informaram sobre a grande demanda de atendimento, além de ressaltarem a importância do trabalho em rede para o bom atendimento intersetorial às famílias. Segundo elas, um novo veículo será disponibilizado para atendimentos do setor.

ACESSUAS
Já a coordenadora do Acessuas Cátia Souza, apresentou as adequações do serviço na pandemia, relatando o atendimento às pessoas no auxílio à elaboração de currículos, encaminhamentos para vagas de emprego e cursos profissionalizantes. De acordo com ela, um grande índice de pessoas procuram o setor para obter informações sobre o Auxílio Emergencial.

CREAS
Finalizando o encontro, a coordenadora do CREAS, Daniela Haerter explanou sobre o funcionamento ampliado do serviço no período pandêmico, com atividades das 7h30 às 18hs, sem fechar ao meio dia. Ela ponderou a respeito da grande demanda de atendimentos a idosos e sua complexidade, com demanda reprimida de institucionalizações nas Instituições de Longa Permanência para Idosos, (ILPIs ), comumente chamados de asilos. Além disso, Daniela ratificou a importância de atendimento aos homens envolvidos em situações da Lei Maria da Penha, com a proposição de atendimentos individualizados psicológicos, enquanto da impossibilidade de Grupos Reflexivos de Gênero.

 

DPCOM