Ainda não houve falta de medicamentos para pacientes das alas Covid, mas há preocupação para as próximas semanas

A escassez de bloqueadores neuromusculares e sedativos vem obrigando equipes médicas a recorrerem a outras drogas para que nenhum paciente fique sem medicação.

De acordo com a Dra Marilene Campagnollo, Diretora Técnica da Santa Casa, essa falta não é apenas em Alegrete, é no Estado e no País. Porém, eles precisam compensar a ausência de um medicamento com outro em pacientes com Covid-19 que precisam ser entubados.

Em vários telejornais ou na mídia digital o assunto já é abordado há dias, pois mais da metade dos estados têm registrado taxa de ocupação igual ou superior a 95% nos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes com covid-19. Desta forma, hospitais públicos e privados de todo o país têm relatado baixo estoque de medicamentos e temem que remédios usados para tratar os doentes em estado grave comecem a faltar em questão de dias.

A questão chegou à reportagem através de familiares de pacientes que estão na UTI Covid, em Alegrete. O receio era que estes medicamentos estivessem em falta e, por algum motivo pudesse interferir na recuperação do paciente. Mas a médica Dr Marilene deixou claro, assim como, o Provedor da Santa Casa, Roberto Segabinazzi, que a falta de alguns medicamentos existem, mas nenhum paciente sofreu qualquer prejuízo, pois os medicamentos foram substituídos e, em Alegrete, não há pacientes sem medicações.

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Há mais de um mês a Santa Casa de Alegrete está com 100% da lotação da UTI Covid, sendo que quase na sua totalidade, os pacientes estão sendo entubados.

Já o Diretor Técnico da UPA e da UTI Covid, José Fábio Pereira, reiterou que a situação não é só no Rio Grande do Sul, mas em qualquer lugar onde a Covid se instalou tão aguda e agressiva. Desta forma, precisou-se de entubações e ventilação, às pressas. O que não foi diferente aqui em Alegrete. O hospital teve algumas faltas, mas nunca chegou a ter um estoque zerado. “O que acontece é que a gente tem trocado algumas medicações, mas nenhum paciente ficou sem anestésico ou bloqueador neuromuscular. A única questão, realmente, é que quando faltava um, chegava outro diferente e a gente só tem que trocar a forma de administração”- esclareceu.