
No final da manhã da sexta-feira (07), na sede administrativa da Liga Alegretense de Futebol, uma histórica reunião deu o pontapé inicial para que o município de Alegrete entre no seleto rol das cidades com consolidação da Taça das Favelas.

Com a sala repleta de diretores esportivos de clubes, escolinhas, representatividades do futebol feminino local, UABA, presidentes de bairros, árbitros, assessores parlamentares, o santa-mariense Abraão da Silva coordenador da CUFA na região e um diretor no Rio Grande Sul, apresentou o projeto Taça das Favelas.

Também prestigiou a reunião a gestora de eventos esportes do Sesc Alegrete Ivaneli Lemos, o vereador João Leivas, o ex-presidente da LAF Paulo Cunha, o diretor de esportes da Secel Clóvis Gonçalves e o presidente do Clube Escolinha Flamengo, Toninho Fagundes.
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A CUFA promove atividades nas áreas de cultura, esportes, lazer, educação e cidadania, promovendo o bem-estar e a inclusão social. Conforme Abraão, a CUFA acredita que o trabalho em conjunto entre moradores de favelas e jovens voluntários é a base para construir um sociedade mais justa e sem pobreza.

O diretor da Central Única das Favelas apresentou todo o projeto, detalhando a captação de recursos que possibilitam a execução das atividades esportivas. Respondeu questionamentos e dúvidas dos participantes. A ideia inicial é promover a Taça das Favelas de Alegrete, competições no Sub-9; 10 e Sub-11, além da categoria feminina (livre). No RS a Cufa já está em 70 município e investiu cerca de 7 milhões em projetos de mentores em que não havia CNPJ e desenvolviam um trabalho essencial de resgate de jovens em favelas, muitas vezes conflagradas pelo tráfico.
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A primeira edição gaúcha da Taça das Favelas,foi em 2023 com o maior campeonato de futebol entre favelas do mundo, encerrado em novembro, com as finais das categorias masculina e feminina. Responsável por reunir 540 times e mais de 6 mil atletas, a competição deu aos campeões vaga para a etapa nacional. O torneio foi realizado pela Central Única das Favelas (Cufa), com financiamento do governo do Estado.
No masculino, o Grêmio Esportivo Municipal, de Montenegro, bateu o River da Estalagem, de Viamão, nos pênaltis, após empate em 1 a 1 no tempo normal. No feminino, as Serranas, de Porto Alegre, levaram a melhor sobre as Boleiras FC, de Ijuí, ao vencer pelo placar de 1 a 0. As partidas decisivas aconteceram no Sesc Protásio Alves, em Porto Alegre, e contaram com transmissão ao vivo pela RBS TV.
“A Taça das Favelas foi a soma de esforços de várias áreas do governo do Estado por um objetivo em comum: levar inclusão, cidadania e entretenimento às comunidades. A Secretaria do Esporte e Lazer já tem uma parceria muito sólida com a Cufa e o RS Seguro, com quem realizamos também a primeira edição das entregas de kits esportivos do programa Segue o Jogo. E já estamos alinhando novos projetos por um esporte cada vez mais para todos”, destacou o diretor-geral da SEL, Bruno Ortiz Porto.
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“O projeto se encaixa no eixo Políticas Sociais, Preventivas e Transversais do Programa RS Seguro, promovendo a inclusão social por meio do esporte e transformando a realidade de crianças e jovens. Esse tipo de iniciativa, realizada pela primeira vez no Rio Grande do Sul, nos orgulha muito, pois é uma ação concreta do Estado, em parceria com a Cufa, mobilizando as comunidades em torno de nossas juventudes, que são os multiplicadores dessas boas práticas no futuro”, ressaltou o diretor-executivo do RS Seguro, Antônio Padilha.
A cidade de Alegrete deve formalizar ainda esse mês a realização da Taça das Favelas etapa municipal, os campeões avançam para regional. O acordo selado na reunião da Liga, deixou entusiasmados os diretores esportivos que apostam no sucesso do evento.
Outro tema abordado na reunião foi de que, o governo do Estado, por meio da Secretaria do Esporte e Lazer, abriu inscrições para a segunda edição do Segue o Jogo. Em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa-RS), o programa tem como objetivo mapear e renovar materiais e equipamentos de projetos esportivos voluntários sediados e atuantes no Rio Grande do Sul. Os projetos podiam ser inscritos até 20 de abril e a cidade de Alegrete cadastrou 18 projetos locais.

Com o sucesso da primeira edição, o Segue o Jogo terá sua capilaridade e capacidade de investimento ampliada na segunda edição. A previsão é que todas as regiões do Estado sejam atendidas com investimento total de R$ 7,1 milhões em materiais e equipamentos esportivos para iniciativas que possuam dois anos ou mais de atuação comprovada. Os recursos serão distribuídos em três faixas de valores. Até R$ 2 mil para projetos esportivos realizados por pessoa física; até R$ 5 mil para projetos esportivos realizados por grupos sem CNPJ e até R$ 10 mil para projetos esportivos realizados por grupos com CNPJ ativo, CNAE ou estatuto relacionado a atividade esportiva.
Cada projeto poderá, no ato da inscrição, indicar os materiais que deseja receber por meio de uma tabela de referência. Somente projetos de paradesporto poderão solicitar materiais que não constam na lista, devendo encaminhar três orçamentos junto com a inscrição.