Alunos de curso de Direito apresentam trabalho sobre justiça restaurativa

Os alunos Anthoni Maglio, Gabriela Machado, Julia França, Laura Freitas e Luiza Garcia, realizaram um trabalho sobre a justiça restaurativa.

Alunos de curso de Direito apresentam trabalho sobre justiça restaurativa
Alunos de curso de Direito apresentam trabalho sobre justiça restaurativa

Um grupo de alunos do curso de Direito da Urcamp de Alegrete, através do Projeto Integrador, componente curricular que aproxima a teoria da prática, composto pelos alunos Anthoni Maglio, Gabriela Machado, Julia França, Laura Freitas e Luiza Garcia, realizaram um trabalho sobre a justiça restaurativa, como uma solução alternativa para resolução de fatos delituosos, mesmo em ambiente do sistema penitenciário.

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De acordo com os acadêmicos, tal prática tem como propósito criar um procedimento de consenso entre vítima e autor do fato, visto que, participem de uma reunião que visa achar uma solução para os traumas que o fato delituoso causou em ambas as partes.

O trabalho revela que a justiça restaurativa não foca na vítima e na punição, mas busca entender o que leva o agente a cometer o fato delituoso, fazendo com que se responsabilize efetivamente pelo dano causado. “Punir não é a solução e tem-se visto que não é, pois o sistema penitenciário brasileiro está sobrecarregado, superlotado, sendo um facilitador de recrutas a facções criminosas e a prática de mais violência”, pontuaram os alunos.

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Para os estudantes de Direito, a justiça restaurativa vem com um olhar mais humano, que busca gerar a reflexão e compreensão sobre o ocorrido, dando oportunidade à vítima de expor sua percepção com relação ao fato, descrevendo seus traumas e suas consequências, bem como visando uma aproximação entre os indivíduos, realizando a restauração de laços sociais, mesmo nas situações de violência entre familiares e pessoas próximas. 

A justiça restaurativa oportuniza que o autor do fato compreenda o efeito danoso da sua ação entrado em contato com a vítima para que dialoguem.

Como funciona a dinâmica das práticas restaurativas?

Por reuniões ou encontros que são chamados de círculos restaurativos, que se dividem em três etapas: pré-círculo, círculo e pós- círculo. A reunião deve ser pacífica e sigilosa para que todos possam dialogar e entender o lado de cada parte ali presente. A reunião é coordenada por facilitador que irá orientar a vítima e ofensor e a comunidade para que cheguem em um acordo ou solução para aquele conflito. É um encontro circular, uma roda dialogal, que permite a participação de qualquer pessoa que esteja envolvida no conflito, direta ou indiretamente, objetivando a resolução de problemas, reparação de danos e restauração da segurança.

A justiça restaurativa pode ser aplicada no âmbito penitenciário?

Sim, é possível e recomendável. O Brasil está em terceiro lugar no ranking de países com maior população carcerária do mundo, segundo o Infopen, que é o sistema de informações estatísticas do Depen (DNP).   O Infopen também aponta que o número de pessoas presas excede em quase 40% o número de vagas disponíveis do sistema penitenciário. Neste contexto é importante pensarmos num novo paradigma e a justiça restaurativa é uma alternativa.

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 Na conclusão do trabalho o grupo apontou que as práticas restaurativas aplicadas no âmbito penitenciário podem melhorar a perspectiva quanto à ressocialização, de modo, que venha a diminuir os custos do aparato prisional. Também é uma forma real de responsabilizar o agente pelo ato praticado e, ainda, é possível a reparação do dano causado à vítima. A prática restaurativa no ambiente penitenciário pode ser a melhor opção do que se quer ter como justiça.

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