Amigos de Priscila Leonardi farão protesto por justiça frente à embaixada brasileira na Irlanda

Amigos do exterior que são, segundo eles, a família de Priscila Ferreira Leonardi, 40 anos, assassinada em Alegrete estão organizando um protesto em frente à Embaixada Brasileira na Irlanda.

Em contato com uma das amigas de Pri, como era carinhosamente chamada, ela acrescenta que todos estão muito abalados e se questionam – quem matou a Pri?

A enfermeira que residia em Dublin desde 2019, retornou à sua cidade natal e ficou desaparecida por 17 dias antes de seu corpo ser encontrado às margens do Rio Ibirapuitã. Amigos próximos, alguns deles na Irlanda, Portugal e Holanda, estão planejando para o próximo dia 17, um protesto em frente à Embaixada Brasileira para exigir justiça, porém, com receio diante da crueldade do desfecho, muitos preferem não se identificar.

Na última semana foi registrado o violento assassinato que chocou a comunidade local, o Estado, Brasil e repercutiu internacionalmente.

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Desaparecimento e descoberta do corpo:

Priscila estava em Alegrete desde o dia 1º, ou seja, há 18 dias quando desapareceu, após sair da casa de um primo no bairro Vila Nova. Os amigos que estão no exterior formaram um grupo de busca e mantêm contato diário em busca de respostas. Seu corpo foi encontrado parcialmente enterrado na areia, às margens do Rio Ibirapuitã, por dois jovens pescadores em 6 de julho. O forte odor foi o que levou um dos pescadores a acionar a polícia, uma vez que ele não visitava aquela região há dois meses devido a um ferimento no braço.

O caso está sendo investigado pela delegada Fernanda Graebin Mendonça, da 1ª Delegacia de Polícia de Alegrete. Ela afirma que todas as linhas de investigação estão sendo exploradas. Até o momento, nenhum depoimento teria indicado a existência de relacionamentos atuais ou ex-namorados que pudessem estar perseguindo Priscila em Alegrete.

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Uma possibilidade levantada pelas autoridades é que o homicídio tenha sido motivado por divergências em torno de propriedades, uma vez que Priscila tinha desafetos na família e existia um inventário já na fase final sobre uma herança deixada por seu pai. O advogado Rafael Hundertmark, que representava Priscila, confirmou esses desentendimentos familiares e ressaltou que não acredita que o que aconteceu com a cliente fosse apenas relacionado ao inventário, pois ela e a irmã não tinham nenhum atrito, pelo menos ele desconhece qualquer divergência entre as duas. “Priscila sempre foi muito tranquila, nunca falou em apressar nada e sempre concordou que a irmã recebesse tudo que é seu de direito. Eu estive com ela duas vezes pessoalmente, a primeira em meu escritório aqui em Alegrete e a outra em Santa Maria onde ela também tinha imóveis. Nossa última agenda aqui, seria no dia 19 e eu achei estranho ela não aparecer diante de ter sido sempre muito responsável e pontual. Sei disso pois há três anos, desde a morte do pai dela, que realizava reuniões quinzenais com a alegretense”- explicou.

Rafael Hundertmark ponderou que a cliente havia ingressado com uma ação de cobrança na justiça em razão de valores que deveria receber de familiares. Isso teria ocorrido recentemente, além disso, ela teria falado sobre receio de vir a Alegrete, inclusive ele sugeriu que Priscila ficasse numa cidade próxima como Santa Maria, por exemplo.

Registro do desaparecimento:

Segundo o boletim de ocorrência registrado pelos familiares, um primo relatou que um veículo Renault Duster preto parou em frente à sua residência no dia 20 por volta das 8h30. Um homem desceu do carro e exigiu que o primo revelasse o que Priscila possuía, mencionando uma suposta dívida com um pai de santo. Em seguida, um dos ocupantes da Duster teria mostrado uma arma longa semelhante a um fuzil, fazendo ameaças de morte à família do homem se ele fosse à delegacia de polícia. Entretanto, ela teria saído da casa dele às 23h30, no que ele pensou ser um veículo por aplicativo, até então, ela iria para a casa de uma prima onde estava hospedada.

O assassinato brutal da enfermeira Priscila Ferreira Leonardi em Alegrete deixou todos que a conheciam ou não em choque. As investigações estão em andamento, com a delegada explorando todas as linhas possíveis, incluindo a hipótese de divergências familiares relacionadas a herança.

A comunidade espera que o responsável por esse crime seja identificado e punido, para que Priscila tenha a justiça que merece e sua família e amigos encontrem algum tipo de conforto diante dessa tragédia.

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Silvia

Mas está mais do que claro quem foi. So nao da para entender a demora em efetuar as prisões.