Autores do homicídio dão depoimento à Polícia sobre a morte de Osório Fernandes Neto

Setor de Investigação apurou o fato rapidamente
Setor de Investigação apurou o fato rapidamente

A autoria do mais recente homicídio de Alegrete foi desvendado em pouco mais de três dias pelos policiais do Setor de Investigação da Polícia Civil de Alegrete. Coordenados pelo Delegado Maurício Arruda, desde o momento em que os policiais ficaram sabendo do assassinato no interior de uma casa na rua Barão do Cerro Largo, a investigação não parou.

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De forma intensa, os investigadores trabalharam para chegar aos autores e a motivação do crime. Depois da identificação do casal que estava na casa, houve uma negociação para que os acusados da autoria comparecessem à Delegacia de Polícia. Neste período, também ocorreu um trabalho da Polícia Civil junto ao Ministério Público e Poder Judiciário. Desta forma, o casal já estava com os mandados de prisão preventiva decretados.

Na manhã de segunda-feira(12), dois dias depois do homicídio, a mulher de 51 anos e o namorado de 28 anos, compareceram na Delegacia de Polícia. Em depoimento, eles descreveram como ocorreu o crime e o motivo que um encontro entre “amigos”, terminou em tragédia.

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De acordo com o casal, o autor da facada de 28 anos, estava na casa com a vítima, Osório Fernandes Neto de 37 anos e os outros dois homens, sendo um deles o proprietário da casa. Um motoboy, também esteve no local, mas já tinha saído quando o crime aconteceu. Por volta da 1h, o indivíduo de 28 anos disse que iria pra casa pois a namorada estava chamando. Foi então, que Osório e os outros dois homens sugeriram que ele fosse em casa e levasse ela até o local onde estavam concluindo um arroz com linguiça. Mas eles, até então, não tinham conhecimento de quem era a companheira dele. Assim que retornaram à casa, Osório reconheceu a mulher de 51 anos, pois era cliente assíduo dela e como estava embriagado teria dito que a reconhecia como garota de programa, e também teria destacado algumas passagens durante os encontros. Neste momento, a mulher o agrediu com um capacete e Osório teria revidado com um tapa quando o namorado também entrou na discussão e na briga. Na luta corporal, entre eles, o autor pegou um canivete e golpeou Osório que morreu no local. Na sequência, o casal saiu da residência de moto.

A mulher, que é natural de Canoas, não tinha passagens pela polícia e alegou que há dois meses estava em um relacionamento sério com o indivíduo de 28 anos e, desde então, não realizava mais programas.

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Ambos descreveram essa versão em seus depoimentos, o que difere dos relatos dos dois outros homens que estavam na casa, no dia do homicídio. Os dois eram vizinhos de Osório, sendo um o proprietário da casa onde o crime ocorreu. Depois de ouvi-los, eles foram encaminhados ao Presídio Estadual de Alegrete, onde ficarão à disposição do Poder Judiciário. O motivo do homicídio foi torpe e fútil.

A reportagem também falou com Eduardo Neto, irmão de Osório. Ele ressaltou que, mesmo sendo advogado, não está participando de forma direta nas investigações. Mas pontuou que o trabalho da Polícia Civil foi satisfatório, além de estar mais aliviado por saber que eles foram presos.