A denúncia do Ministério Público foi recebida parcialmente pelo Juiz de Direito Rafael Echevarria Borba, titular da Vara Criminal da Comarca. O magistrado considerou que os réus foram movidos por interesses econômicos e planejaram de forma minuciosa a execução do crime.
Eles seguirão presos. Foi mantida a prisão preventiva do réu apontado como o idealizador do crime, Emerson Leonardi e decretada a dos outros três réus, que já estavam presos temporariamente.
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Acusação
O Ministério Público, autor da ação, ofereceu denúncia contra nove pessoas pelos crimes de extorsão qualificada majorada, de ocultação de cadáver e de associação criminosa.
O magistrado, no entanto, entendeu não terem sido apresentados elementos que comprovassem a participação de cinco denunciados nos fatos. E também não recebeu a acusação em relação à acusação de associação criminosa, pelos mesmos motivos.
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Crime
De acordo com a denúncia, Priscila Ferreira Leonardi foi sequestrada em 19/06/23 e mantida em cativeiro. Ela teria sido morta ali mesmo, espancada e estrangulada. O corpo dela foi levado até a Sanga da Jararaca, afluente do Rio Ibirapuitã, e encontrado dias depois.
Ainda conforme o MP, os bens e valores pertencentes à vítima seriam divididos entre os envolvidos. O crime teria começado a ser planejado em janeiro de 2023, com divisão de tarefas e definição da repartição dos lucros que os criminosos viessem a obter.
Colaboração
As investigações contaram com a colaboração premiada de uma pessoa que teria participado do crime, sendo suspenso o prazo para oferecimento da denúncia e o prazo prescricional por seis meses em relação ao colaborador, prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração.