A reportagem do PAT conversou com Luis Felipe Araújo, amigo e compadre do alegretense, que revelou que Clóvis foi encontrado sem vida, sob a cama na peça onde residia há mais de 14 anos.
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Conhecido por sua serenidade ao capturar momentos marcantes em eventos locais, Clóvis Ferreira era um apaixonado pelo Exército Brasileiro, com um carinho especial pelo 6º Regimento de Cavalaria Blindada (RCB), conforme destaca Luis Felipe. “Eu estou com mais de 50 anos e desde pequeno já ouvia falar do Clóvis fotógrafo”, ressalta Felipe, revelando que Clóvis se tornou parte integrante de sua vida, quando pediu para morar com eles. Desde então, vivia de maneira independente, cuidando de sua própria moradia, organização e alimentação, numa peça no mesmo pátio.
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Clóvis nunca enfrentou problemas de saúde significativos e não fazia uso de medicações, conforme relata Luis Felipe. “Tudo indica que ele teve um infarto enquanto dormia”, menciona o amigo. No domingo, ao retornar do trabalho, Felipe sentiu a ausência dele e, ao verificar sua moradia, encontrou a porta trancada. Após arrombar, deparou-se com Clóvis, já sem vida, como se estivesse simplesmente dormindo em sua cama.
A idade exata do fotógrafo permanece um mistério, pois foi registrado com mais de 10 anos. Contudo, estima-se que poderia ter cerca de 95 anos, embora sua disposição contradissesse qualquer expectativa associada ao período avançado.
As últimas homenagens ao fotógrafo, considerado um dos mais antigos da cidade, foram prestadas na Avenida Doutor Lauro, na segunda-feira, através da Funerária Angelos. A despedida reuniu amigos, familiares, destacando a contribuição de Clóvis Ferreira para a história visual de Alegrete.