Com movimento abaixo do esperado, rede hoteleira quer saber: ¿dónde están los hermanos?

A queda no número de argentinos que cruzam a fronteira em direção às praias do Litoral Norte já é sentida pela rede hoteleira e pelo comércio local.

Na agitada temporada de verão, quando os hotéis costumavam se preparar para a chegada dos turistas argentinos, um cenário inesperado tem se desenhado ao longo deste ano. O movimento reduzido dos vizinhos sul-americanos tem surpreendido estabelecimentos hoteleiros, que, em outros anos, viam suas ocupações dispararem com a chegada dos turistas argentinos.

O Hotel Texacão, localizado às margens da BR 290, viveu um fim de semana atípico recentemente. Apesar de registrar uma média de 70 hóspedes no último sábado e domingo, os dias seguintes revelaram uma realidade menos otimista, com uma média de apenas 15 hóspedes por dia. O contraste em relação a anos anteriores se torna evidente, marcando uma mudança significativa no fluxo turístico.

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No Hotel Rambo, a gerente destacou uma diminuição de cerca de 40% em comparação com anos anteriores. Embora tenha sido observada uma melhora na ocupação durante uma quinzena específica, a lotação habitual não se concretizou, desviando-se das expectativas que eram comuns nesse período.

No Hotel Alegrete, a queda é de 60% no número de hóspedes argentinos. O proprietário, Adão Ramos, aponta para a alta taxa de câmbio e taxas de cartão dos turistas como fatores determinantes para essa redução. A cidade de Alegrete, apesar de sua beleza, está um pouco fora da rota preferencial dos argentinos, que, em sua maioria, optam por se hospedar em São Gabriel, devido à facilidade de acesso pela BR-290.

No Hotel São Jorge, a situação não é diferente. O proprietário observa que o movimento não chega a 20% em comparação ao ano anterior. Mesmo durante o último fim de semana, considerado uma quinzena mais movimentada, a ocupação não atingiu níveis anteriores. Segundo ele, durante a semana, a presença de argentinos se limita a um ou dois hóspedes.

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O ano anterior foi destacado como fora da curva, com um movimento significativamente maior do que o esperado. No entanto, este ano, a realidade parece ter se ajustado, deixando hotéis e estabelecimentos turísticos à espera de uma retomada que, por enquanto, se mostra mais lenta do que o habitual.

As dificuldades econômicas, na Argentina, também estão impactando diretamente o roteiro de férias desse público. O tempo de permanência nas praias gaúchas tem variado entre sete e 15 dias. Já o perfil dos turistas não sofreu alterações em relação aos anos anteriores, em sua maioria, são famílias que optam por investir em hotéis e restaurantes com preços mais acessíveis.

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