
Após a constatação de que a jovem Eduarda de Castro Cardoso de 20 anos tinha sido assassinada com um disparo de espingarda nas costas, a Brigada Militar não deixou de realizar diligências devido ao expressivo número de denúncias sobre o suspeito.
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Durante a tarde, o indivíduo, de 18 anos, foi detido depois de invadir uma residência no bairro Nossa Senhora da Conceição. No pátio, a arma com as mesmas características da que foi usada no crime, foi apreendida. A espingarda estava enterrada no pátio.
Desta forma, o suspeito foi encaminhado à delegacia de Polícia e à UPA sendo determinado pelo Delegado de Plantão o registro de ocorrência por fato atípico e o indivíduo foi liberado.
Com a publicação desta matéria, muitos debates surgiram, alguns questionando a decisão da autoridade policial.
As pessoas buscam compreender o motivo pelo qual o suspeito não foi preso em flagrante. Essa situação ensejou inúmeros comentários na página do PAT e em grupos de WhatsApp.
Diante disso, a reportagem colheu a posição do Delegado responsável pela ocorrência, naquele momento, e a nota enviada foi a seguinte:
A respeito das notícias veiculadas, no domingo, na imprensa, para o fim de afastar mal-entendidos e
interpretações que não correspondam com exatidão aos fatos tais como se apresentaram, necessário
se faz tecer alguns esclarecimentos.
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Quanto à suposta tentativa de homicídio, ocorrida na madrugada do dia 11/09, os fatos, tais como
chegaram ao conhecimento da Polícia Civil, demandavam cautela.
É de praxe, e faz parte da conduta responsável que deve ter a Polícia Civil, e o sistema de justiça com um todo, que, diante de casos mais complexos, como o dessa madrugada, opte-se por ouvir os envolvidos, fazer as apreensões devidas e, em sede de investigação posterior, esclarecer os fatos, pormenorizando os detalhes, mediante documentação das diligências e relatórios de investigação.
Só então, é possível que se passe a determinar os crimes cometidos e a postular pela prisão ou não dos envolvidos. A garantia fundamental da liberdade é importante demais para ser maculada por uma conduta precipitada por parte das forças de segurança.
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A Polícia Civil tem o compromisso de ser criteriosa, sempre, ao analisar a existência dos pressupostos legais que autorizam a prisão em flagrante. E o simples fato de não ter sido lavrado o flagrante não implica que os crimes eventualmente cometidos não serão elucidados. Antes pelo contrário. Uma apuração minudenciada dos fatos que, num primeiro momento, se apresentam demasiado sinuosos é essencial para que a verdade sobre eles apareça cristalina o bastante a ponto de justificar a condenação dos culpados, objetivo último da investigação.