Derli Chapéu Preto vai ao calçadão esculpir sua nova obra

Durante dois dias na última quinta-feira(7) e na segunda(11), o artista e escultor Derli Vieira da Silva, conhecido como Chapéu Preto, marcou presença no calçadão de Alegrete, onde demonstrou suas habilidades excepcionais com a madeira.

O foco de sua mais recente obra é a homenagem ao gaúcho Chico Cruz, uma figura destacada na região. Essa iniciativa surgiu a partir de uma ideia do ator, produtor cultural e poeta assisense, Francisco Cleber da Silva Ravalha, mais conhecido pelo nome artístico Tito Ravagglia.

Com anos de residência em Alegrete, Ravagglia tomou conhecimento da história de vida de Chapéu Preto por meio do site Alegrete Tudo. A narrativa inspiradora da trajetória do artista o motivou a empreender um projeto que destaca não apenas a vida, mas também a obra do escultor Derli Chapéu Preto.

“Eu li no site Alegrete Tudo sobre a história de vida dele, e aquilo me tocou muito. Devido a isso, decidi realizar um projeto sobre a vida e a obra do artista”, destacou Ravalha.

Contudo, a jornada do projeto não foi isenta de desafios. O descontentamento surgiu quando o projeto não foi inicialmente aprovado, permanecendo na suplência. O projeto, intitulado “Derli Chapéu Preto – A Jornada do Artista”, foi inscrito no edital n° 108/2023 Audiovisual e Multilinguagens Culturais – Lei Paulo Gustavo.

O aborrecimento ganha contornos mais acentuados ao observar a natureza da Lei Paulo Gustavo. Esta foi criada como uma medida emergencial para socorrer artistas, fazedores de cultura e produtores culturais que, durante a pandemia de Covid-19, ficaram impossibilitados de trabalhar e enfrentam dificuldades financeiras.

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A indignação do ator responsável pelo projeto é alimentada pela constatação de que projetos de pessoas que continuaram recebendo salários normalmente durante a pandemia foram classificados na lista preliminar. Essas pessoas, segundo a argumentação dele, não se enquadram no perfil de beneficiários que a Lei Paulo Gustavo visa auxiliar.

“É uma questão ética e, de certa forma, moral. Entendo que os projetos dessas pessoas devem ser desclassificados”, ressaltou um representante.

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O Ministério da Cultura (MINC) promoveu nos dias 28 e 29 de novembro o Seminário Direito e Cultura – Novo Regime Jurídico de Fomento à Cultura no Brasil. Durante o evento, ficou evidente que nenhum edital pode sobrepor a Lei Paulo Gustavo, estabelecendo-a como um recurso emergencial destinado aos verdadeiros trabalhadores da cultura.

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Tito aguarda a revisão e reavaliação do edital, enfatizando a importância de respeitar os princípios e objetivos estabelecidos pela Lei Paulo Gustavo, garantindo que os recursos alcancem aqueles que verdadeiramente necessitam do suporte oferecido pela legislação emergencial.

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