Despedida ao soldado Leal foi na presença de muitos amigos, autoridades e honras militares

O sentimento de perda, embora mais perceptível nos membros da polícia, e demais integrantes da segurança pública, passou também a ser da população que valoriza aqueles que a servem. Quando um policial tomba, tomba também a sociedade pois sabe que sua luta diária é proteger a todos.

Ser policial é ser altruísta, seja qual força venha a pertencer. O policial é abnegado, dedica-se de forma incondicional e colabora conscientemente para a manutenção da ordem, ele tem prazer em servir e a capacidade natural de proteger, pois é dele a responsabilidade de zelar pela paz, que muitos, diuturnamente, tentam macular.

  

Ser policial é ter o trabalho em que, ao assumir o encargo, vem o juramento de arriscar a própria vida, se necessário for, para defender a sociedade e os cidadãos.

Assim, essa dor foi intensa no cortejo de despedida ao soldado Leal(Igor Luis Leal Boff), de 39 anos, que saiu da Funerária Paraíso até o cemitério Municipal de Alegrete. Acompanhado de policiais militares, demais integrantes da segurança pública, amigos e familiares.

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O caixão foi levado pelos colegas de farda, acompanhado de um grande cortejo, onde novamente ocorreu um sirenaço acompanhado do ronco das motos, no momento em que passava pela Guarda de Honra e o toque de silêncio. Todos, estavam desolados, com a dor da perda de um grande guerreiro, que combateu o bom combate e precocemente deixou de brilhar sua luz, aqui.

Sem exceção, esse foi apenas um até breve ao jovem que era incansável e tinha muita vontade de viver… a impressão que ele sempre teve pressa, tinha gana de tudo e pra tudo, era incansável.

Seco, Leal, Brigada e tantos outros apelidos carinhosos que o identificavam com o seu jeito único, sempre disposto a ajudar e fazer o seu melhor. O policial militar que tinha no sangue o dom pela profissão, algo indiscutível. “Ele sempre será uma grande referência. Leal era um policial fora da curva e um amigo incomparável”- descrevem os colegas. Além disso, também tinha outras paixões como o futebol e a velocidade (velocross).

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Na Brigada, desde que chegou em Alegrete, acumulou muitas amizades, agregou conhecimento e nunca se furtou de nenhuma responsabilidade, fazendo com excelência cada segundo o trabalho que exercia com muito orgulho. Um pai dedicado e um esposo atencioso e responsável com a família.

Soldado Leal era natural de Santana do Livramento, mas residia há anos em Alegrete, cidade que escolheu para construir família e eternizar amizades e irmãos de coração. Na noite de ontem(4), um sirenaço e uma salva de palmas, também, foram realizados quando o corpo chegou na Capela, no carro funerário, pois ele estava hospitalizado em Santa Maria, desde o último sábado.

O Seco, que gostava de uma coca-cola, fez uma legião de amigos. Ele entrou nas fileiras da BM em 2004 e estava lotado no 2° RPMon, em Alegrete. A despedida não é apenas ao policial, mas ao ser humano que ele construiu ao longo dos 39 anos.

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Estavam presentes, Comandante do 2º RPMon e do CRPO-FO – Major Silveira; Tenente Coronel Antônio Felipe Zinga Junior comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva da Fronteira Oeste;  Chefe do Estado-Maior da Brigada Militar Coronel Luigi Gustavo Soares Pereira, o Subcomandante-Geral da Brigada Militar CEL QOEM – Douglas da Rosa Soares e Corregedor-Geral da Brigada Militar, Coronel Vladimir Luís Silva da Rosa. A homenagem também foi acompanhada pelos amigos do Centro de Treinamento Velocross Alegrete, Susepe, Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Comando Rodoviário da Brigada Militar, Delegada Regional da Polícia Civil Daniela Borba, Delegada da 1ª DPPA e DP – Fernanda Mendonça, Decrab, Equipe do Choque de Uruguaiana, Guarda Municipal, Tenente Coronel Gustavo Lopes da Cruz, comandante do 6º Regimento de Cavalaria Blindada, entre outros.

Sobre o ocorrido:

O soldado Leal estava trabalhando, na sexta-feira, dia 31 de março de 2023, quando, em uma abordagem policial, ao perseguir um indivíduo, sofreu uma lesão cerebral e veio a cair no solo. Foi socorrido rapidamente pelos colegas de farda, encaminhado à UPA e posteriormente, removido para Santa Maria, onde permaneceu até a tarde de ontem(4), quando houve a confirmação da morte cerebral.

Em várias outras cidades, no Estado, a morte do policial repercutiu. Leal, recebeu as últimas homenagens em Alegrete, onde também foi sepultado. Ele deixou esposa, pai, mãe, filha e enteada.

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