Vanessa, uma mulher que domina todos os desafios e lides do campo

Por muito tempo se imaginou que as mulheres tinham papel secundário na vida campeira. Afastadas das funções tradicionalmente realizadas pelos homens, cuidavam da casa, do marido e dos filhos. Contudo, essa realidade é muito diferente para a alegretense Vanessa Lopes, de 29 anos, estudante de zootecnia no IFFAR.

Vanessa Lopes

Na lida do campo, a mulher gaúcha indiferente da situação financeira, social ou familiar, historicamente foi subjugada à sociedade patriarcal. No interior do Rio Grande de Sul esse contexto se modificou através dos anos.

Alegrete é o oitavo município mais antigo do Estado configurando-se como o maior da Região Sul do Brasil em extensão territorial.

Nas diferentes regiões do interior do município, é possível ver que o papel das mulheres do campo adquiriu novas nuances e ganhou novos propósitos. Com um grande protagonismo, Vanessa tem no DNA o amor pelo campo e lides campeiras, ela sempre acompanhou o pai e a mãe.

PATRAM e PRF recuperam, em Alegrete, carro roubado na Argentina

A família toda sempre trabalhou e viveu no campo. Em uma entrevista ao PAT, a alegretense disse que não há nada que não tenha feito, inseminação, laço, doma e cura de “bicheiras”.

Sorridente, ela disse que trabalhou com a família em uma Estância em Santana do Livramento com mais de 40 quadras. “Faço de tudo, do esfregão à boca do potro” – comentou.

Para a multitarefada gaúcha, que gosta das lides campeiras, é jogadora de futebol e também faz zootecnia, as lições da infância até hoje são guias no exercício de suas funções. “Eu nasci para viver e trabalhar no campo”- disse.

Chefe alegretense que viaja o mundo em busca de novos sabores ensina receita de peixe

“Desde pequena eu faço todos os trabalhos porque eu gosto, eu amo o que faço, faço com prazer”, afirma a gaúcha que também tem grandes atuações na esquila a martelo.

Para ela, que precisou mudar-se do campo para cidade em razão da faculdade, a adaptação é a maior dificuldade pois o amor pelo campo está na sua essência.

“Acredito que não há dificuldades para quem gosta, mas também, vejo que é um dom. Sendo assim, tudo se torna fácil e trabalhar no campo é uma dádiva”- acrescentou.

Vencendo barreiras e as imposições de sua época, Vanessa, abriu caminhos e tornou-se protagonista da própria história.

Se inscrever
Notificar de
guest

0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários