Dipirona: o remédio mais usado pelos brasileiros

A dipirona é proibida ou tem comercialização restrita em 33 países.

Dipirona: o remédio mais usado pelos brasileiros
Dipirona: o remédio mais usado pelos brasileiros

Em 2019 a Febrafar (Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias) afirmou que a dipirona – Metamizole Sodium – ocupa o segundo lugar no ranking de remédio mais consumido no Brasil, perdendo somente para a losartana.

O índice de automedicação amentou muito nos últimos anos. Muitas pessoas, pela correria do dia a dia pela falta de paciência para aguardar em filas, resolvem se automedicar. Especialistas afirmam que a internet e o acesso livre as diversas informações foram os agravantes da situação.

”Os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios estão disponíveis nas farmácias brasileiras no autoatendimento. O acesso a estes medicamentos é fácil e livre, fazendo com que muitas delas comprem estas substâncias sem mesmo procurar o farmacêutico para se orientar sobre riscos. Isso tudo se resume em altos índices de automedicação.”, explica o Farmacêutico Clínico Ismael Rosa.

Por que acontece a paralisia do sono?

33 países consideram o remédio é tão forte que acabaram proibindo o consumo ou deixaram comercialização restrita, entre eles: Estados Unidos, Suécia, Alemanha e Reino Unido. Os motivos responsáveis pela suspensão do remédio são: a suspeita de a dipirona causar anemia hemolítica (diminuição de glóbulos vermelhos) e agranulocitose (redução dos glóbulos brancos). Porém, no Brasil, o remédio é completamente liberado, já que essas conclusões ainda não foram concluídas.

O QUE A É DIPIRONA E PARA QUE SERVE?

Dipirona é um anti-inflamatório com ação analgésica e antitérmica, administrada via oral, em comprimidos, gotas ou injetável (utilização hospitalar). Faz parte dos medicamentos que podem ser comprados livremente, sem prescrição médica (MIPs), mas é importante ter alguns cuidados ao consumir.

 Muito usada para tratar febre, dor de cabeça, dor muscular e cólicas.

Alguns outros nomes muito conhecidos pela população são: Novalgina, Anador e Magnopyrol.

EFEITOS COLATERAIS

Queda leve de pressão, pessoas que já sofrem com pressão baixa são mais prejudicadas ao consumir. Os demais efeitos raramente acontecem, segundo Pereira,  professor de Ciências Farmacêuticas na USP “Problemas hematológicos e renais podem ocorrer, mas são raros. Desde que o uso seja adequado, o risco é baixo.”.

SUPERDOSAGEM

Ao ingerir uma quantidade maior do que a permitida pode surgir sintomas como: náuseas, vômito, dor abdominal, comprometimento da função renal, vertigem, sonolência, queda brusca de pressão arterial e arritmia cardíaca. Lembrando que o segredo está na dose, ou seja, isso só irá acontecer se ingerido em grandes quantidades.

CONTRAINDICAÇÕES

Crianças com menos de três meses e/ou com peso abaixo de cinco quilos;

Gestantes no primeiro trimestre de gravidez;

Portadores de doenças no fígado ou na medula óssea.

Vale lembrar que o consumo de álcool antes e depois de ingerir a medicação deve ser evitado.

Geovanna Valério Lipa

Se inscrever
Notificar de
guest

0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários