Em pouco mais de 11 horas, alegretense completa Ironman em Florianópolis

O Ironman em Florianópolis terminou com a vitória de Luciano Taccone, participante da Argentina, que completou a prova em primeiro no masculino com o tempo de 7h55min.

Ele chegou cinco minutos à frente do segundo colocado, Reinaldo Colucci — campeão da prova no ano passado. Na categoria feminina, a capixaba Pâmella Oliveira fez toda a prova em 8h44min e conquistou o bicampeonato, com quase 30 minutos à frente da segunda colocada, a catarinense Mariana Borges De Andrade.

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A prova na capital catarinense realizada no domingo, 28 de abril, teve a participação de mais de 1.800 atletas e cada um deles teve pela frente um desafio para pouquíssimos no mundo: 3,8km de natação em Jurerê Internacional, 180,2km de pedaladas e 42,2km de corrida pelas ruas, avenidas e rodovias de Florianópolis.

Nesse universo de competidores, um alegretense se tornou-se “Homem de Ferro”. Radicado em Porto Alegre, Cleimar Rodrigo Tomazelli fez bonito na prova, entre os competidores amadores. O alegretense é um dos diretores da equipe de corrida Cia dos Cavalos e traçou como meta encarar um ironman.

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“Não podia ter escolhido prova melhor. Foi muito mais duro do que imaginava”, resume o atleta que cravou pouco mais de 11 horas em Florianópolis. A prova de natação foi a primeira a ser disputada pelos triatletas, logo nas primeiras horas da manhã do domingo. Depois disso, os atletas ainda enfrentariam a jornada dos 180 quilômetros de ciclismo e a maratona, para fechar a prova

O Ironman tem 3,8 km de natação, 180,2 km de ciclismo e 42,2 km de corrida. O Ironman Brasil classificou triatletas para o Ironman World Championship 2023, etapa mundial do campeonato, que ocorrem no Havaí (feminino) e na França (masculino).

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Rodrigo pouco se importou se daria vaga para outro competição, seu desejo era concluir a prova. O alegretense largou para a natação era 7h11min, nadou tranquilo, embora por inexperiência na modalidade, tenha feito alguns desvios e acabou nadando cerca de 300 metros a mais. Na transição para bike, o alegretense conta que pedalou solto, mas o vento contra castigou e as dores lombar pelos 180 km em cima da bicicleta foi um obstáculo maior.

“Quando desci da bike, eu percebi o tamanho do estrago”, relembra Rodrigo. Com uma maratona pela frente, ele conta que os primeiros 7km de corrida foram um caos. “Nunca senti tanta dor em uma maratona”, resumiu. A batalha para encerrar a maratona foi em meio a paradas para se alongar e muita força de vontade. “Eu não podia desistir. Pensava que estava correndo por muita gente e só desistiria em caso de desmaio. Nem que fosse caminhando até a meia-noite, horário limite da prova”, frisou o atleta.

Mas deu tudo certo. Era noite, sim. Às 18h23min, o alegretense rompeu a faixa do pórtico e se tornou um homem de ferro. Mais uma prova de nível mundial em seu currículo, agora potencializando com uma prova de iron.

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“Eu fui além. Cresci muito como pessoa durante a prova. É uma experiência incrível, consegui terminar sem lesões graves e isso é tudo. Só agradecer. Não foi por mim. Foi por vocês”, pontuou o alegretense que recebeu milhares de mensagens de apoio e até um suporte durante a prova, de pessoas as quais ele menciona como gratidão eterna.

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Fotos: Acervo pessoal

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