Famílias de alegretenses, vítimas da Kiss, aguardam julgamento nesta quarta

Nesta quarta, inicia o julgamento dos indiciados por uma das maiores tragédias do Brasil vitimando 242 jovens

Esta semana, o Brasil vai começar a acompanhar um dos julgamentos mais aguardados dos últimos anos. No banco dos réus, os acusados pelas mortes de 242 vítimas – a maioria, jovens universitários , no incêndio da Boate Kiss, em janeiro de 2013.

Passados quase nove anos da maior tragédia envolvendo uma grande quantidade de jovens no Brasil, o julgamento do réus da Boate Kiss será nesta quarta- feira em Santa Maria.

Depois de quase nove anos de espera e do indiciamento de 28 pessoas ao longo da investigação, o tribunal do júri vai decidir o destino dos denunciados pelo Ministério Público: os dois sócios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, e o músico Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor cultural Luciano Bonilha, da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no local na noite da tragédia.

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A partir desta quarta (1º), os quatro vão ser julgados por homicídio simples com dolo eventual de 242 vítimas, e tentativa de homicídio de outras 636 pessoas que ficaram feridas.

Quatro jovens de Alegrete foram vítimas da tragédia. André Posser,  Angelo Aita, Gabriela Corcini Sanchotene e Manuelli Passamani.

Francisco Sanchonete, pai da Gabriela Sanchonete que morreu aos 19 anos, diz que espera justiça e acredita que não são só esses quatro réus que deveriam estar sendo julgados e, sim o Estado do RS e a Prefeitura de Santa Maria, já que foram liberados alvarás para o funcionamento do local.

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 A professora Cleonice Aita, mãe de Angelo Nicolosso Aita, que fazia Veterinária e morreu aos 23 anos diz que é uma dor eterna. – Espero justiça, porque ninguém deles passou um pouquinho do sofrimento que passamos. Ela, também, acredita que tem outras pessoas por trás disso que deveriam estar sendo julgadas.  -Imagine a dor de ver aqueles corpos em um ginásio, um do lado do outro, e saber que meu filho era uma das vítimas.

Manuelli Passamani tinha 18 anos e muitos sonhos, diz a mãe Suzete Moreira. – Ela era minha única filha e mesmo depois de tanto tempo a dor é eterna. Na quarta-feira espero que se faça justiça, mesmo que tardia.  Eu superei com muita fé, porque para todos nós que perdemos filhos dessa foram trágica é uma dor insuportável, atesta.

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