Lições de uma paciente oncológica: “precisei adoecer para descobrir minha força”

No início de cada ano, as pessoas alimentam suas esperanças, estabelecem novos objetivos e enfrentam obstáculos com a expectativa de dias melhores.

Este é um período de revitalização, marcado pela oportunidade de recomeçar. Nesse contexto, a história de Aline Trindade, uma paciente oncológica de 38 anos, sobressai como um exemplo poderoso de superação e transformação diante das adversidades.

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A alegretense enfrenta uma jornada de superação que começou em agosto de 2023, quando iniciou exames para confirmar um nódulo suspeito. O resultado, obtido no mês seguinte, revelou um câncer de mama invasivo, levando-a a passar por uma mastectomia total, após a descoberta de quatro nódulos, incluindo metástase na axila.

“Quando descobri o câncer, chorei muito. Não era o medo da morte em si, mas a sensação de não ter vivido o bastante. Eu achava que já era tarde demais para realizar tantas coisas aos 38 anos, e nesse dia só pensava o quanto era cedo”, compartilha Aline.

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Com uma perspectiva única diante da adversidade, Aline entendeu que o câncer não deveria ser apenas vencido, mas também aprendido. “Eu tenho um câncer, mas o câncer não me tem”, afirma com determinação, destacando a importância do primeiro passo em seu processo de transformação: aceitar sem questionar.

Embora evangélica, Aline esclarece que seu relato não é apenas sobre religião, mas sobre uma conexão com algo supremo. “É sobre Deus, sobre o quão Maravilhoso é aceitar que temos Algo supremo acima de nós, que nos faz acreditar que o deserto não é lugar de morada e que nenhuma dor é estéril”, expressa ela.

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A paciente oncológica utiliza uma metáfora poderosa para descrever seu percurso: “Deus sabe o que está fazendo quando nos lança no deserto. Existe uma enorme diferença entre tirar um pássaro de uma gaiola e tirar a gaiola de um pássaro. A primeira se refere a uma missão de resgate, mas a segunda diz respeito a um processo de transformação. Esse processo ocorre no deserto, onde somos forjados e recebemos a força que nasce da fraqueza.”

Aline, agora na segunda etapa de seu tratamento, enfrenta os ciclos de quimioterapia com coragem. ” os dias não são muito fáceis, mas os aceito, pois a aceitação também faz com que enxerguemos que há pessoas que nem conseguem chegar até aqui”, ressalta ela.

Ela reconhece que há muitas coisas ainda por vir, mas hoje pode dizer que aceita e respeita o processo. “De todas as dores que já senti na vida, nunca imaginei que elas pudessem ser a chave para minha transformação. Cada lágrima derramada, cada obstáculo superado, cada cicatriz deixada pelo caminho me moldam a ser quem estou me tornando hoje.”

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Aline destaca a aprendizagem diária na valorização das pequenas coisas. “E se tem uma frase que resumiria meu 2023, seria essa: ‘Essa Aline precisou adoecer… para que se tornasse um instrumento de cura.’ E assim será, quero ter vida para incentivar pessoas, e acima de tudo, mulheres, que passam por aprovações e acham que é o fim, mas é apenas Deus recalculando a rota para um novo recomeço!”

Em um relato emocionante, Aline reconhece a impossibilidade de ser sucinta, pois seu ano parecia uma década. Ela expressa o desejo profundo de que outras pessoas possam passar por essa experiência de cura de dentro para fora. Um testemunho de força, fé e gratidão que inspira a todos que têm o privilégio de ouvir sua história.

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