Lúcia Oliveira Colorada, a alegretense apaixonada pelo Internacional

"O Inter quando joga eu sempre vou - Partiu Beira", é com esse bordão que a alegretense Maria Lúcia de Almeida Oliveira, 57 anos, inicia a entrevista com o Portal Alegrete Tudo.

Um dia após a exuberante vitória diante do Independiente de Medellín, o Gigante da Colina. Com a voz rouca, após mais uma jornada no estádio incentivando seu colorado, a educadora infantil conversou com a reportagem.

Em março de 2010, ela saiu de Alegrete, “Mas ele nunca, jamais sairá de mim”, ressalta ela em meio à pergunta por sua trajetória. “Então minha paixão pelo Inter, literalmente surgiu no ventre de minha mãe junto comigo”, explica.
Com uma família paterna e materna constituída por cerca de 95% colorados raiz, ela não poderia ser diferente. Foi na década de 90, assistindo um clássico Grenal no Olímpico ela sentou ao lado da torcida Camisa 12, onde lhe emprestaram camiseta, para ela e a amiga Carla Lima, uma alegretense também. Na época, eram associados através de fichas, onde trouxe várias para formar um núcleo da Camisa 12 em Alegrete.

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Junto com o amigo Nilson Leal fundaram uma extensão da tradicional torcida colorada. A principal participação da Camisa 12 em Alegrete era no EFIPAN, com direito a charanga e tudo mais. Devido a distância e o deslocamento, acabaram desligando a torcida no Alegrete. Com a mudança para Porto Alegre, lá, a primeira coisa que fez, foi se associar, onde desde 2010 e sócia do clube. Sendo que desde 1992 já era sócia dependente da sua mãe. Em 2007, a genitora faleceu e ela perdeu a associação.

“Minha mãe aproveitou muito seu título de sócia junto com as netas minhas filhas ( Duda e Mila) no verão iam direto nas piscinas, e nos jogos quando possível”, relembra Lúcia.
Em dezembro de 2021, Lúcia acabou migrando da Camisa 12 para o Camisa 12 Comando Extremo Sul, onde foi muito bem recebida. “É um povo maravilhoso. Orgulho de fazer parte deste povo. Camisa 12 Comando Extremo Sul.

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A Lúcia Oliveira Colorada não perde um jogo no Beira Rio, faz jus ao bordão de que o Inter quando joga eu sempre vou. E foi com essa personalidade colorada que o PAT conversou.

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Portal: Se tu pudesse resumir em poucas palavras o que é ser uma autêntica colorada ?

Não há palavras no dicionário com capacidade de descrever o que é isso tudo. O significado do Inter em minha vida é indescritível, inalcançável. E sem explicações, teorias ou entendimentos é apenas sentimentos.

Portal: Além de torcedora, tu és envolvida em voluntariado. Como é essa relação com o clube nestas atividades que desenvolve ao longo do ano ?

Em relação ao voluntariado, ações sociais. Somos um grupo de torcedores engajados em obras sociais sem qualquer participação política do clube.


Portal: Vem de um família extremamente colorada. Essa paixão transcende gerações. Como nasceu essa história ?
Minha avó paterna é a maior culpada, ( culpa gostosa). Gratidão a essa “veinha”. Pelo lado materno minha mãe (Emília) seu coloradismo era tanto que foi proibida pelo cardiologista de assistir e ouvir jogos do Inter. As próximas gerações não seriam diferentes, claro existem suas exceções, sem dúvidas junta família paterna + materna 95% colorados raiz.

Portal: A Lúcia colorada não falta um jogo no Beira Rio. Que relação é essa com o Gigante da Padre Cacique ?

É minha segunda casa lá canto, brinco, tenho momentos felizes inesquecíveis, mas também fico triste sofro, choro fico irada. Ganho amigos, frequento com familiares. Minha relação é sentimento familiar, simples assim…

Portal: Qual o pior momento como colorada fanática ?

Trocaria por mais triste, a morte do F9 e nossa caída para série B. Mesmo assim fui em todos os jogos da série (risos), chuva sol, geada, calorão temporal lá estava a apoiar.

Portal: Se tivesse que elencar a melhor história, ou melhor momento que viveste com o Inter qual seria ?

O Mundial ainda morava no meu Alegrete. Estávamos na antiga Sociedade Italiana onde os colorados do núcleo dos colorados de Alegrete fundado pelo meu amigo saudoso “TITA” viraram a madrugada churrasqueando aguardando a tão espera final Barcelona x Internacional. Inter Campeão Mundial FIFA 2006. Orgulhooooooo.

Portal: Como torcedora atuante qual a avaliação desse Inter de 2023 ?

Arrancamos com uma baita vitória sobre o Flamengo, depois começou a regressão com o coração apertado mas sempre acreditando, é passamos por momentos difíceis. Após o último Grenal, eu falei agora chega é a hora da reação, mexeu com os jogadores, com a torcida e desde então não perdemos mais. Espero, torço e acredito muito em um título em 2023.

Portal: Com toda essa participação. São muitos anos de Beira Rio, tens como amigo algum jogador do Internacional ?
Já esbarrei com vários jogadores , já tietei muito” HE MAN” o Rafael Moura era minha vítima esperava ele próximo ao seu carro ele vinha com um sorrizão, sabia que a foto era obrigação. Mas amigo, amigo não.
Conheci a mãe do F9 no dia da inauguração da estátua do seu filho, dali em diante criamos um laço de amizade muito forte. Infelizmente, partiu em 2021 e deixou um vazio muito grande no meu coração.

Portal: Qual a sensação de assistir um jogo num Beira Rio lotado ?

É única, impar, contagiante, é de arrepiar…
Portal: Qual a maior aventura que já fizeste pelo Internacional ?

A maior acho que ainda não vivi. A sensação é que sempre tem mais a viver. Cito algumas aqui:
Períodos negativo, gás de pimenta, bala de borracha ,BM a cavalo eu com o mano momento muito tenso.
Por outro lado a positividade: Neo Química jogo feminino em Sampa, Corinthians e Internacional, no Rio bate volta, Botafogo x Internacional. Um bate volta ao RJ , Serra das Araras que medo, chegando em Porto Alegre, caminhar foi difícil, pés inchados mas trouxe a vitória.

Fotos: acervo pessoal

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