Maria Waleska, a fundadora do Dança Alegre que tem Alegrete no seu DNA

Maria Waleska de Souza Van Helden é graduada em dança pela ULBRA, coreógrafa e diretora do GEDA Cia de Dança, companhia contemporânea fundada em 1980 em Alegrete, por ela, que teve atuação marcada no interior do estado Rio Grande do Sul e região Fronteira Oeste.

A porto-alegrense tem forte ligação com a 3ª Capital Farroupilha. Também não é para menos, foi em Alegrete que por 29 anos trabalhou em dança e abriu caminho para outras atividades na profissão. Destaca veementemente que tem Alegrete no DNA, foi onde aprendeu a trabalhar e criou os três filhos, Aniuska que é jornalista, Pedro designer gráfico e Antônio advogado e sociólogo. Se mudou para Capital em função da família não queria ficar longe de seus pais na época.

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Viúva do Dr. Rudi Van Helden, aos 70 anos, Maria Waleska reside no Bom Fim pertinho da Redenção, é de lá que ela confirma a reportagem a realização e retorno triunfal de mais uma edição do Dança Alegre Alegrete.

A cidadania alegretense com faz questão de frisar, foi concedida na década de 90, pela Câmara e desde então o carinho pelo município é muito grande e o marco do festival que é reconhecido nacionalmente está impregnado em sua trajetória, difícil não falar em Maria Waleska, quando se aborda Dança Alegre Alegrete. “É minha terra do coração”, ressalta na entrevista feita através de um aplicativo.

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Já são mais de 40 anos de GEDA e a coordenadora do Dança Alegre Alegrete e Condança, desde 2002 vem coordenando artística e coreograficamente trabalhos de performances de dança com base na arquitetura de espaços urbanos, dança contemporânea e Dança-Teatro.

Formada em Ballet Clássico pela escola de João Luiz Rolla; possui curso de tecnólogo em Dança na Ulbra (Canoas); Pós- graduada em Composição Coreográfica na Universidade de Havana e cursos esporádicos dentro do Brasil e no exterior.

Coreógrafa e diretora durante 29 anos da consagrada Escola de Dança Maria Waleska é a principal mentora e diretora do projeto Dança Alegre Alegrete, Maria Waleska recebeu o Prêmio Mambembe do Ministério da Cultura em 1989. Delegada do Conselho Brasileiro de Dança entre 1995 e 1996), atuou como presidente do Conselho Municipal de Cultura de Alegrete.
Ela conta que com a criação do GEDA em Alegrete no ano de 1983, percorreu diversas cidades com o grupo e foi a partir dos anos 2000 que passou a atuar na cidade de Porto Alegre. Recebeu três Prêmios Klauss Vianna, Prêmio Açorianos de Dança e Prêmio Dança na Rua do Ministério da Cultura com a obra Dores em Allegro.

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Maria Waleska tem como relevância em seu repertório a criação dos espetáculos e foram tantos na longeva carreira vitoriosa no mundo da dança. Com a GEDA circulou por 10 capitais do Brasil, além de atuações em países como Bélgica, Argentina e Havana.

“Esta companhia tem atuação permanente na cidade de Porto Alegre e circula por demais cidades do estado do Rio Grande do Sul tendo como filosofia a ocupação de espaços não convencionais e abordagem de temas sociais da contemporaneidade”, explica a profissional em mais de 4 décadas a frente do trabalho.

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Mas talvez o grande trunfo da bailarina, coreógrafa seja o retorno de forma triunfal do Dança Alegre Alegrete. A arte de ocupar os espaços da cidade com dança voltará ser realidade. Do longínquo 2012, quando atingiu sua 24ª edição, 2023 promete com o Jubileu de Prata.

Ela declara que por iniciativa da prefeitura e com apoio do Sesc, e possível apoio do estado do Rio Grande do Sul o Dança Alegre volta ao palco do Centro Cultural, entre os dias 25 e 29 de novembro deste ano.

Com curadoria do Sesc e da fundadora do festival, Maria Waleska Van Helden, a programação inclui grupos profissionais de Porto Alegre e núcleos de dança de Alegrete, escolas de arte, escolas de samba, e manifestações que incluem o gesto artístico.
“O Dança Alegre volta mantendo todas as características que o fizeram um evento singular em todo o país, sendo um festival que não tem propósito de competição, preservando a qualidade da dança, democratizando a arte e a construção de uma plateia crítica”, frisa.

A diretora do Dança Alegre Maria Waleska Van Helden, menciona sua felicidade em estar a frente desse recomeço, e conta com o combustível maior para esta festa da dança, que é o público.
“Intervenções urbanas, seminários de dança e oficinas farão parte da programação de retorno do Dança Alegre Alegrete”, adianta.

Maria Waleska destaca que o festival vai de encontro com a tradição da cidade de fomentar a dança no município, e mais uma vez, o desejo de construir se impõe, e a atual gestão da cidade deu o primeiro passo de incentivo à cultura. A programação e as iniciativas do festival serão divulgadas em breve no site do Sesc, avisa ela, que como vai seguir o rumo do seu próprio coração.

Fotos: reprodução

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