Conhecido como João Barulho, Prates deixou sua marca na história do tradicionalismo gaúcho, especialmente em Alegrete. Sua humildade e simplicidade eram reconhecidas por todos. Além de fundar o CTG Lanceiros de Canabarro, desafiando convenções em uma sociedade conservadora, ele também se destacou em atividades esportivas e culturais.
O alegretense também se dedicou ao esporte e ao samba, desfilando nas escolas de samba Canudos, Ritmistas, e Mocidade Independente da Cidade Alta (MICA), mantendo sempre sua fé em Deus, participando ativamente do terço dos homens na Igreja Matriz. Sua trajetória incluiu a abertura de portas para uma maior inclusão e diversidade nos Centros de Tradição Gaúcha, uma vez que, segundo relatos, em 1964 negros não eram permitidos dançar nestes espaços.
Com o apoio de Ícaro Ferreira da Costa e de um grupo de amigos, o alegretense fundou o CTG Lanceiros de Canabarro, onde atuou como Patrão por 20 anos. Sob sua liderança, o CTG realizou diversas atividades, incluindo o primeiro casamento gaúcho do estado e de Alegrete, uma celebração que durou três dias. No esporte, trouxe o time juvenil do Internacional para jogar contra a equipe do CTG Lanceiros.
Seguindo os planos da família, os restos mortais de João Alberto Prates serão cremados, e suas cinzas serão trazidas de volta para Alegrete, onde ele deixou um legado inegável.