Mulheres pintoras e azulejistas estão prontas para atuar no mercado de trabalho

A jovem Engenheira Civil Daiana Gonçalves foi uma das milhares de vítimas que a COVID-19 fez durante a pandemia, em 2021.

Mas sua memória segue viva e se multiplicando, através do projeto “Construindo Daianas”, uma iniciativa da ONG Amoras, que apoia meninas e mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, e de Engenheiras Civis formadas na Unipampa, em Alegrete. Na semana passada, houve a formatura da primeira turma de alunas pintoras e azulejistas. O repasse de verbas oriundas de penas pecuniárias, através da Vara de Execuções Criminais (VEC) da Comarca de Alegrete, contribuiu para tornar possível a ação, que está ajudando a transformar a vida de muitas mulheres.

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O Juiz da VEC da Comarca de Alegrete, Rafael Echevarria Borba, participou da cerimônia. O magistrado se emocionou durante o evento, que resultou do trabalho da comunidade, e também ao ver a alegria das formandas com a qualificação profissional alcançada. Para ele, a destinação de verbas do Fundo de Penas Alternativas para projetos sociais locais é um importante meio para buscar a pacificação social.

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“De fato, as verbas recebidas na persecução penal são destinadas tanto em reforço da segurança pública com destinação de verbas para o Presídio Estadual de Alegrete, para a Brigada Militar e para Polícia Civil, como para projetos de escolas e para atendimento de vítimas. No caso, foi realizada a destinação de valores buscando a inserção de mulheres no mercado de trabalho a fim de que, por meio da independência financeira, se possa assegurar para essas mulheres e para seus familiares que não tenham que se submeter a relações tóxicas por eventual dependência financeira”, afirmou.

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No total, foram 34 inscritas e 27 selecionadas para o curso, tendo por critérios de seleção aspectos como vulnerabilidade social, desemprego e número de dependentes. A turma passou por oito aulas teóricas, ministradas por engenheiras e professoras voluntárias, e oito aulas práticas, sendo como “casa escola” a sede da ONG Amoras, que fica junto da 10ª Coordenadoria de Saúde do RS.

“O objetivo é fazer com que mulheres tenham uma fonte de renda, buscando a autonomia e empoderamento feminino. A repercussão do projeto foi extremamente positiva, sendo que já estamos planejando novos módulos e a procura por parte de empresas e construtoras pelas alunas é grande”, destaca a Secretária da ONG, Ingrid Machado Urbanetto.

A cerimônia de formatura para entrega dos certificados às alunas aconteceu no início de março, no Centro Cultural de Alegrete. Ao todo, concluíram o curso 24 mulheres que obtiveram mais de 75% de aprovação.

Fotos: ONG Amoras

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