Nível crítico do Rio Ibirapuitã liga sinal de alerta em Alegrete

O Rio Ibirapuitã que corta a cidade de Alegrete é responsável por 40% do abastecimento do município e também fornece água para irrigação de lavouras.

A cada episódio de estiagem que assola a 3ª Capital Farroupilha, a água desaparece em certos pontos, evidenciando a diminuição do volume em seu leito.

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Os menores níveis históricos do Rio Ibirapuitã registrados na estação da CPRM em Alegrete foram de 46cm, no dia 4 de março de 1965 e 51cm, no dia 25 de janeiro de 2009. Em 2022, nos dias 15 e 16 de janeiro, o nível médio foi de 57cm, considerado o menor nível observado em 2022.

No mês de dezembro de 2022, o menor nível observado foi de 67cm. Agora em 2023, nos primeiros 11 dias do ano o nível do rio oscilou muito. A cota esteve no máximo em 83cm nestes primeiros dias do ano. Do dia 5 ao dia 10, registrou um declínio chegando a 68cm. Porém no dia 11, às 16h55min apresentava uma cota de 71cm.

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Na última sexta-feira (10), a reportagem do PAT percorreu alguns pontos do rio dentro do perímetro urbano. De acordo com dados extraídos da estação da CPRM no município, o rio estava em 73 cm, um nível considerado crítico e que ascende o sinal de alerta se não chover nos próximos dias.

As informações foram obtidas a partir dos dados de monitoramento do nível do Rio Ibirapuitã na Estação Hidrometeorológica Alegrete (código 76750000), operada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA).

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Em 2020, o Rio Ibirapuitã em Alegrete atingiu seu nível mínimo de 84 centímetros, no dia 10 de março, sendo que o normal esperado para este mês durante os períodos de estiagem prevê média dos níveis mínimos de março, próximo a 100cm. Num comparativo, com este mês de fevereiro de 2023, são 11 centímetros a menos, o que evidencia a preocupação com o agravamento da estiagem.

Este foi considerado o patamar mais baixo registrado nos últimos 5 anos. Apesar da gravidade da estiagem deste ano, quando se compara o nível do rio na situação atual com a série histórica do monitoramento de níveis da CPRM iniciada em 1940, se observa que o nível (apesar de baixo) ainda é bastante mais alto que os mínimos históricos já observados nos anos de 1965 (49cm) e mais recentemente em 2009 (53cm).

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A elevação dos níveis nos rios são uma “resposta hidrológica” à ocorrência de chuvas, é preciso que as chuvas ocorram com regularidade para que o rio mantenha os níveis mais elevados, não havendo continuidade das chuvas os rio voltam a baixar”, explica a engenheira hidróloga e pesquisadora Camila Mattiuzi da CPRM.

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