O carioca que tinha tudo, agora somente uma cadeira de rodas e fé

Fábio Murilo - de 38 anos - esse é o nome do cadeirante que muitos já devem ter cruzado pelas principais ruas de Alegrete.

O carioca que tinha tudo, agora somente uma cadeira de rodas e fé
O carioca que tinha tudo, agora somente uma cadeira de rodas e fé

O que mais o identifica é que em sua cadeira de rodas um equipamento de som em bom volume leva louvores para aqueles que estão em via pública ou em lojas do comércio.

Uma “figura” carismática que chegou na cidade há cerca de uma semana e conversou com a reportagem do PAT. Uma lição de vida e um estímulo para muitos que passam por adversidades em suas vidas.

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O carioca, disse que nasceu na Cidade Maravilhosa e viveu de forma muito intensa até os 31 anos. Neste período, acrescentando a adolescência e a fase adulta, disse que a vida para ele tinha como propósito trabalhar, ganhar dinheiro, mas também fazer muita festa. Assim, Fábio ressalta que tinha família – esposa e dois filhos – um bom carro, moto e casa. Além de um salário bom ao tocar pagode. Mas a vida para ele só tinha “graça” quando ele saia para fazer a festa literalmente, com muita bebida, principalmente. Foi então que um acidente de trânsito o colocou em uma cadeira de rodas.

O carioca que tinha tudo, agora somente uma cadeira de rodas e fé
O carioca que tinha tudo, agora somente uma cadeira de rodas e fé

Foram seis meses em um hospital, cirurgias e depois a reabilitação. Quando voltou para casa, em menos de um ano, também perdeu a família – ninguém quer ficar com o “peso” de um cadeirante, assim pensava naquele período e minha ex-esposa deixou isso nas atitudes até que nos separamos e, eu me vi sozinho e de todos os bens materiais que tinha, fiquei com a cadeira e a roupa do corpo.

Neste momento, fala o carioca: a palavra de Deus passou a fazer parte da sua vida. “Eu tinha todas as riquezas que julgava, naquela época importantes, bens materiais, luxuria, ganância, entre outros. Mas quando isso não fez mais sentido, a palavra de Deus o evangelho passou a ser a minha luz, percebi que a riqueza eu tenho hoje. Não é o fato de não estar em pé, pois eu precisei daquele choque de realidade para aprender o principal, ser humilde. Nós não somos mais importantes que Deus, não podemos julgar que estamos acima do bem e do mal. Nós precisamos da humildade para ver o irmão, auxiliá-lo e buscar sempre a fé.”- comentou.

Por esse motivo, há cinco anos, Fábio é um viajante que leva a palavra de Deus através dos louvores para todos que em algum momento precisam ouvir. Depois de passar por algumas cidades, antes de Alegrete estava em São Gabriel, ele não sabe o período que vai ficar aqui, mas acrescentou que foi muito bem acolhido e recebido. No calçadão, enquanto conversava com a reportagem, algumas pessoas faziam pedidos de louvores que ele buscava de forma rápida em seu telefone para contemplar àqueles que solicitaram. Também já participou de cultos em Igrejas Evangélicas na cidade e cita que sempre “arrisca” cantar os louvores, pois ainda tem muito que evoluir.

“Nem tudo é dinheiro, a maioria das pessoas precisam é de um abraço. Jesus está sempre conosco, está dentro de cada um. Meu passado foi triste até eu decidi adorar a Deus. Somente assim, consegui ter Paz”.

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