O cavalo Patolino deu um novo sentido à vida do garoto Gustavo, portador de doença incurável

Gustavo Leal Acosta, aos 6 anos de idade, passou por uma consulta com a pediatra devido a uma gripe. Durante o exame, a médica notou sua baixa estatura, peso inadequado para sua idade e também observou a falta de equilíbrio e coordenação motora. Ela expressou preocupação, mas o diagnóstico permanecia incerto naquele momento. O início de uma jornada de busca por respostas estava prestes a começar.

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Os pais de Gustavo, Mitiele Leal Acosta e Vinícius Acosta foram encaminhados a diversos especialistas, incluindo endocrinologistas, ortopedistas, neurologistas e geneticistas, em busca de esclarecimentos sobre a condição de saúde do filho. Foi somente em 2020, durante uma consulta com uma geneticista, que surgiu a suspeita de que Gustavo pudesse ter Ataxia de Friedreich. No entanto, para confirmar o diagnóstico, era necessário realizar um exame genético.

O exame foi realizado no Hospital de Clínicas em Porto Alegre, mas, devido à pandemia, os resultados só ficaram disponíveis em 2022, confirmando o diagnóstico de Ataxia de Friedreich. Esta é uma doença rara, hereditária, neurodegenerativa e paralisante, sem cura, que também está associada a problemas cardíacos, diabetes, dificuldades de fala, surdez e cegueira, afetando principalmente pessoas de ascendência europeia.

A notícia do diagnóstico foi inicialmente um choque muito grande para a família de Gustavo, que se viu diante de uma doença sem perspectiva de cura e sem medicamentos disponíveis para reverter os sintomas. No entanto, a família não desistiu. Desde cedo, eles tentaram envolver Gustavo em atividades como judô e futebol, mas sua condição física limitada tornava essas experiências frustrantes para ele e para todos.

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A esperança foi renovada em junho deste ano quando um médico recomendou a equoterapia para Gustavo. Seu pai, que sempre teve afinidade com cavalos, decidiu comprar um para o filho. Essa decisão trouxe alegria e esperança à família, pois Gustavo finalmente pode se sentir como as outras crianças, realizando uma atividade que antes lhe era inacessível. Sua paixão pelo cavalo é evidente, e ele cuida, alimenta e dá banho no animal, apesar das dores e da fadiga causadas pela condição.

O jovem, que hoje está com 12 anos, enfrenta desafios diários devido à sua doença, já que suas células não produzem energia suficiente, causando cansaço e dores constantes. Muitas crianças com Ataxia de Friedreich acabam usando cadeira de rodas, mas a família de Gustavo está determinada a ajudá-lo a manter sua capacidade de caminhar.

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O cavalo, carinhosamente chamado de Patolino, tornou-se uma fonte de força e alegria para ele. Com brilho nos olhos, ele enfrenta os desafios da vida com determinação. Recentemente, Gustavo surpreendeu a todos ao participar de um desfile do 20 de Setembro, superando todas as expectativas ao percorrer um longo trajeto sem desistir. Para muitos, esse evento pode ter sido apenas mais um “Dia do Gaúcho”, mas para a família de Gustavo, foi um dos dias mais significativos desde o início dessa jornada. Ele se sentiu forte e capaz, realizando tarefas por conta própria, algo que muitas vezes era difícil para ele aceitar.

A jornada de Gustavo e sua família está longe de terminar, mas Patolino, o cavalo que se tornou seu companheiro, representa uma lição de superação e esperança em meio a desafios aparentemente insuperáveis. A união da família e o apoio de amigos são fundamentais nessa jornada, e cada pequena conquista de Gustavo é celebrada com alegria e gratidão. A história de Gustavo Leal Acosta, que tem os manos Marcos Pinto Acosta(por parte de pai) e Isabella Leal Acosta é uma inspiração para todos nós, lembrando-nos da força do espírito humano diante das adversidades.

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