Os agentes funerários estão presentes no momento mais difícil: a perda de um ente ou amigo querido

Os agentes funerários estão presentes no momento em que os indivíduos estão mais vulneráveis, pois perderam um ente ou amigo querido.

Uma das incógnitas que ronda a humanidade é a morte, cheia de mistérios e o destino de todos. A despedida de um ente ou amigo querido, para a maioria das pessoas, é comovente, pois a presença física daquela pessoa deixará de existir. É nesse momento que os agentes funerários amenizam as agonias da passagem, com alento e paciência, é muito mais do que um trabalho, todos os que fazem parte do processo estão preparados para lidar com a dor. Infelizmente, quem trabalha nesse ramo nem sempre tem o reconhecimento merecido.

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Por esse motivo, o PAT entrevistou o agente funerário Pedro Ataides Soares Alves, de 46 anos, que também é técnico em enfermagem. Sua rotina como agente funerário é permeada de atividades, acolhe familiares, auxilia na homenagem que vai ser prestada ao ente querido, preparação do corpo, higienização, maquiagem, vestuário, velório, serviço de copa, parte documental, verificação de pressão, teste de glicose, apoio espiritual, sepultamento, acompanhamento dos familiares no cartório. Há sete anos na profissão, Pedro contou que tem orgulho da forma como recebe as pessoas, pois acolhe do mesmo jeito que gostaria de ser tratado no momento de sua partida. Voltando ao passado, Alves relembra que descobriu que essa era sua profissão ideal quando ainda trabalhava no hospital como técnico em enfermagem e já confortava a família de seus pacientes no passamento. Porém foi com o falecimento do seu pai que ele decidiu que deveria ajudar outras pessoas no momento delicado da despedida, quando se perde quem ama e é necessário confiar em alguém.

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Pedro confessa que para trabalhar como agente funerário é necessário estar equilibrado psicologicamente, porque o agente auxilia indivíduos enlutados, transmitindo segurança, tem que se doar, independentemente de dia ou horário, ter empatia sempre para se colocar no lugar do outro. Nada é fácil na profissão, quando o PAT perguntou sobre algo que o abalou, Alves relatou que no início da carreira tinha receio de atender o falecimento de uma criança, pelo fato de ser pai seria bastante triste. Contudo, uma noite precisou atender a morte de uma menininha, viu a situação dos pais enlutados, foi no instante que viu o sofrimento que teve forças para atender aquela família da forma mais respeitosa e carinhosa possível. O agente funerário conta que as pessoas sempre perguntam se ele já presenciou algum fato sobrenatural, ele diz “não, como fala o ditado, devemos ter medo dos vivos, os que já partiram descansam em Jesus Cristo”. Essa é, realmente, uma profissão de carinho, empatia e cuidado.

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