“Palhaço sem teto” diz encontrar sentido para viver nos semáforos de Alegrete

Paulo Renato Rodrigues Marques, um homem de 61 anos nascido em Santa Maria, chegou a Alegrete há aproximadamente um mês.

Conhecido como o “Palhaço Sem Teto”, Paulo é pedreiro e carpinteiro de profissão. Sua vida tomou um rumo inesperado após um acidente que afetou seriamente seu pulso em dezembro do ano passado.

Ao se referir a si mesmo como o “Palhaço Sem Teto”, ele compartilha que essa denominação surgiu de uma realidade lamentável: o desaparecimento dos circos. Os palhaços, que antes encantavam multidões sob lonas coloridas, agora encontram seu palco nas ruas. E é aí que Paulo, com sua maquiagem desbotada e um sorriso persistente, encontra seu propósito.

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Paulo agora reside na Casa de Passagem de Alegrete, onde encontrou apoio e abrigo. Sua presença nos semáforos da cidade é a forma de se manter ativo, trazendo alegria para as pessoas e, ao mesmo tempo, encontrando alegria em sua interação com o público.

“Sempre ouvi falar em Alegrete, e foi para cá que decidi vir”, conta Paulo. “Hoje moro no albergue e me defendo alegrando e me alegrando nos semáforos. Decidi que aqui vou ficar, cidade esta que me acolheu”, acrescenta, demonstrando seu apreço pelo local que agora chama de lar.

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Nas esquinas movimentadas de Alegrete, o “Palhaço Sem Teto” faz malabarismos com bolinhas coloridas, encanta crianças com suas piadas simples e, por alguns momentos, faz os transeuntes esquecerem as preocupações do dia a dia. Seu riso é contagiante, suas brincadeiras, simples gestos de humanidade em meio à rotina frenética da cidade.

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E assim, nos semáforos de Alegrete, o “Palhaço Sem Teto” continua sua performance silenciosa, lembrando a todos nós da importância de encontrar alegria nas pequenas coisas e de valorizar a humanidade que nos conecta, mesmo nas circunstâncias mais difíceis.

Com informações e fotos: Ana Fernandes

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