
Aos poucos, os cuidados com os rebentos e outras tarefas domésticas que vêm no pacote, estão deixando de ser responsabilidade exclusiva das mães.
Homens rompem padrões e assumem papéis de protagonistas na criação dos filhos e nas tarefas domésticas. A ideia que o homem cuida da manutenção financeira e a mulher da ordem familiar vem perdendo espaço gradualmente, sobretudo, entre gerações mais jovens. Ninguém nasce sabendo como ser mãe ou ser pai. Na maioria das vezes, é com a prática que se aprende.
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Nesta ‘inversão de papés’ um dos exemplos que se tem em Alegrete é do músico e empreendedor Rodrigo Arebalo – um dos fundadores do grupo Gurizada Macanuda. Casado com Taisleni Sanches, o início da pandemia mudou a rotina do casal.
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Até então, ambos trabalhavam ‘fora’, mas o início da pandemia fez o casal repensar a forma em que administravam as tarefas e os cuidados com o pequeno Vicente(3) e, na sequência de Martina(1).
” Eu trabalhava com um contrato no Estado e decidi sair quando colocamos no papel os custos para uma pessoa cuidar do primogênito. Eu decidi fazer o que já sabia, no ramo da culinária e cuidar da casa e dele. Foi então, que começou a venda de lasanhas, massas de panquecas e bolos. Tudo feito por mim, minha esposa trabalha na Corsan”- explica.












Rodrigo salienta que conseguiu equilibrar o período em que o filho ficava em casa e trabalhava à noite na confecção das massas e demais encomendas gastronômicas. Passado mais um período em 2021, chegou a Martina, caçula do casal e ele encarou a missão de cuidar dos dois e manter a logística de realizar o trabalho à noite. Assim, tem sido desde então, há mais de três anos.
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O alegretense salienta que, com a flexibilização das regras em relação aos eventos culturais devido ao controle e posteriormente o fim da pandemia, retornou ao trabalho com a agência de eventos, porém, não deixou de manter a rotina e os cuidados com os filhos, tampouco, a elaboração das encomendas de lasanhas e massas de panquecas que são carros chefes.









“Desde o ano passado, as crianças ficam um período na escolinha, onde eu faço todas as tarefas que são possíveis até a chegada deles. Depois é o momento de banho, janta e demais atividades. Vejo como um ponto muito positivo e foi uma decisão minha, ficar em casa. Acredito que foi a melhor coisa que fiz, pois iriamos trabalhar para pagar uma pessoa e eu não teria a oportunidade de saber o quanto é grandioso esse período com eles. Meu cotidiano mudou radicalmente, mas eu sou muito feliz e não mudaria nada.
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Minha esposa também é muito parceira e, o fato de eu ficar em casa, não quer dizer que não estou auxiliando no provento da minha família, ao contrário, além de ter uma renda, estou vivendo a melhor experiência que poderia com meus pequenos. O amor e os vínculos criados são fortíssimos – encerra.