Patrimônio Histórico: Conselho quer garantir a preservação dos prédios em Alegrete

O dia 17 de agosto é o dia nacional e estadual do Patrimônio Histórico. Em Alegrete, existem vários bens, materiais e imateriais, inventariados e tombados pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Alegrete (COMPACHA).

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A reportagem do Portal Alegrete Tudo conversou na tarde da última quinta-feira (15), com três voluntários que integram a mesa diretiva do conselho no município. O local não podia ser outro, o Centro Cultural, prédio este que ainda não é tombado, mas já se encaminha para ser arrolado.

O presidente do COMPAHCA é Homero Dorneles, vice Anderson Côrrea e secretária Aliriane Almeida, o trio foi empossado no dia 9 de agosto e ainda está formando as demais comissões.

Na cidade já são 6 prédios tombados a nível estadual pelo Iphae e 24 prédios tombados pelo COMPAHCA, em Alegrete. Mais de 50 prédios inventariados passíveis de Tombamento.

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O trio interage na conversa e explica que o Patrimônio Histórico são todos os bens, materiais e imateriais, deixados por gerações anteriores, que são reconhecidos pela comunidade local e que constituem os elementos de suas identidades e pertencimentos. Existem muitos “patrimônios” reconhecidos pela comunidade e que devem ser preservados e, para essa proteção estar amparada pelos meios legais, devem ser registrados (inventariados), tombados ou consagrados.

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O COMPAHCA é o órgão do município, ligado à Secretaria de Educação e Cultura, que orienta, registra e fiscaliza este Patrimônio histórico, artístico, científico e natural do Município. Os bens inventariados e, sobretudo, os tombados, são protegidos por Leis.
Na plenária geral do dia 09 de agosto foram apresentados os conselheiros que estão assumindo e também foi eleita a nova mesa diretora que guiará os próximos 2 anos do Conselho. A nova mesa ficou definida com Homero Dornelles, pesquisador e historiador, como presidente, Anderson Pereira Corrêa, professor (UNIPAMPA) e historiador como vice-presidente, e Aliriane Ferreira Almeida, bibliotecária como secretária.


O COMPACHA foi criado em 1982. De 1982 a 2005, somente 2 prédios foram tombados no município. De 2006 aos dias atuais mais 22 prédios foram tombados. E atualmente estão tramitando para tombamento mais 7 prédios e 4 bens materiais (2 bebedouros de animais, Locomotiva em frente a estação Ferroviária e o quadro e pintura do marquês de Alegrete, que está na Câmara de Vereadores).

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Homero, Anderson e Aliriane querem qualificar os processos de informação, comunicação e formação sobre o Patrimônio local, bem como democratizar os mecanismos de escuta e participação.

“Na parte mais técnica, permanece o desafio de atualizar o inventário, e encaminhar processos que estão em andamento, abrir novos processos de tombamento, bem como garantir a preservação dos já tombados. Pretende-se trabalhar com Comissões, como, por exemplo, de comunicação, de ações educativas (Educação Patrimonial), de pesquisa, contando com a participação dos demais conselheiros e voluntários”, explica o presidente.

Em 2019 foi criado o Fundo do Patrimônio e pretende-se investir esforços em estratégias de arrecadação de recursos para as ações a serem desenvolvidas. As plenárias do conselho devem acontecer uma vez por mês e assim que o plano de trabalho for aprovado pelo colegiado, será divulgado. “Nós, como uma coletividade, fizemos o patrimônio e o patrimônio constitui nossas identidades coletivas e experiências individuais e sociais”, frisa Aliriane.

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Um dos pontos levantados no encontro foi o péssimo estado dos museus Oswaldo Aranha e José Pinto Bicca de Medeiros. A comissão, bem com o órgão estadual já notificaram o município, que é responsável pela manutenção e conservação do espaço. A conservação de algumas fachadas de prédios e casas históricas são outro problema. A comissão relata que muitas, familiares proprietárias não querem manter a conservação e gera um conflito entre os voluntários que buscam de todas as formas manter a estética do local.

O “Canto Alegretense”, está em processo de registro como patrimônio cultural municipal, juntamente com o quadro e pintura do Marquês de Alegrete, que ornamenta a sala de entrada da Câmara. Também a 19 km da cidade, a Fazenda São Fernando, no Rincão de São Miguel, possui um rico acervo histórico e o patrimônio foi tombado.

Em função da recente posse e constituição das comissões, não foi possível organizar uma programação para celebrar o dia. O compromisso da COMPHCA é no sentido de que o patrimônio não se perca. O grupo está comprometido e já agiliza para pós período eleitoral uma audiência pública.

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