Uma das atividades mais tradicionais de Alegrete e região é a de peão que, mesmo com todas as tecnologias dos novos tempos, ainda se mantém firme nas fazendas.
Para se trabalhar nesta área é preciso ter conhecimento de como lidar com os animais, porque mesmo que se goste do campo é necessário a pratica.
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Jesus Alzir Fernandes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais diz que a essência do peão campeiro continua a mesma em lidas a cavalo e no tronco. Hoje, informa que os peões fazem curso de inseminação e precisam usar alguns EPIs para aplicar produtos nos animais.
Os peões em geral tem baixa escolaridade, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, mas que a maioria tem acesso às redes sociais e os mais velhos ainda tem algumas dificuldades em lidar com as tecnologias e até mesmo com a carteira de trabalho digital, salientou Jesus Alzir. Ele disse que não é difícil a mão de obra e sim a falta de pessoas que, realmente, saibam o que tem que ser feito. Muitos, por necessidade financeira, vão trabalhar na área rural, mas para ser peão é preciso conhecer a atividade e, óbvio, saber andar a cavalo, atesta.
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Outro peão que vive as lidas, diariamente é Ígor de Paula Ceolin. Desde gurizinho ele tem na alma de campo, porque o pai veio de Saõ João do Polesne plantar aqui em Alegrete.
Da lavoura, diz que sempre gostou de cavalo e fugia e,ainda guri, ia para casa de uma capataz amigo e dai começou a se inclinar ao trabalho de campo.
Dos rodeios virou peão e o hoje gerencia uma propriedade. O seu amor por cavalos e pela lida e algo ímpar. – Nunca gostei de estudar e mesmo tendo a origem na lavoura depois que sai da escola agrícola, com meu jeito e escutando os mais velhos aprendi muito e agradeço a Deus, por trabalhar no que gosto.
Um fato que marca essa atividade em Alegrete é que além dos homens que em cima de lombo de cavalo e atirando laço nas lidas com gado, já temos mulheres que, também desbravam os campos
Uma peoa é Lhu Correa que desde guria começou nas lidas do campo ajudando o pai e depois o marido, Fabiano Pereira, na fazenda Charrua no Jacaraí. A trabalhadora rural diz que sem desmerecer ninguém, muitas vezes elas são melhores que os homens que obviamente têm mais força física. Eles trabalham em família e o filho do casal diz que vai seguir o exemplo dos pais e continuar no campo e isso por opção dele, fala a orgulhosa mãe.