Polícia já tem pistas da mãe que abandou bebê ao lado dos trilhos da Estação

A Polícia Civil de Alegrete está empenhada em desvendar o caso de abandono de um recém-nascido na Estação Férrea da cidade. De acordo com a delegada de polícia Fernanda Mendonça, responsável pelo caso, as diligências estão em curso e já há uma suspeita, mas nada será divulgado para não atrapalhar o andamento das investigações.

O bebê foi encontrado por uma operadora de caixa de um posto de combustíveis, Vitória Caroline Gomes Trevisan nas proximidades da Estação Férrea. Ele ainda estava com sangue, o que indicava que o nascimento teria ocorrido na manhã do dia 14. O recém-nascido foi levado para o hospital, onde passou pela UTI Neonatal e está em boas condições de saúde.

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Vitória, a operadora de caixa que encontrou o bebê, concedeu uma entrevista emocionada ao PAT, falando sobre o caso. Ela relatou que, ao encontrar o recém-nascido, imediatamente levou o bebê para UPA com apoio de um taxista onde ele foi atendido pela equipe médica. Após a alta, seria encaminhado para o Programa de Família Acolhedora existente no município ou para a Moradia Transitória.

O abandono de crianças é um crime. A Polícia Civil trabalha intensamente para identificar a mãe do bebê e responsabilizá-la pelo crime cometido.

A população de Alegrete acompanha com atenção as investigações e espera que a justiça seja feita e que a criança encontre uma família amorosa que possa cuidar dela com todo o carinho necessário. A atitude da operadora de caixa Vitória, que encontrou o bebê e o salvou, é um exemplo de solidariedade e cidadania que deve ser seguido por todos. O Conselho Tutelar e a Promotora de Infância e Juventude, Luiza Losekann também estão acompanhando o caso.

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Se no prazo de 30 dias não houver ninguém que se apresente como genitor ou genitora, a criança será encaminhada para adoção, para casais que estão habilitados em uma lista, que já passaram por um processo de seleção no Juizado da Infância e Juventude. É importante frisar que caso a genitora ou genitor apareçam, será feito um exame de investigação genética (DNA) e avaliação criteriosa sobre as condições de cuidar da criança, especialmente em relação à genitora que abandonou o bebê, expondo ele a um risco grave. Já a mãe que entrega seu filho para adoção por meio da entrega voluntária não comete crime. Em contrapartida, a mãe que desampara ou expõe seu bebê a perigo comete o crime de abandono de recém-nascido, descrito no artigo 134 do Código Penal (e, dependendo do caso, até mesmo outros crimes), também, não adianta as pessoas ligarem querendo adotar esse bebê, pois quem tiver interesse em adotar o bebê deve procurar o Juizado da Infância e Juventude da sua cidade para passar pelo procedimento de habilitação”- explicou a Promotora.

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