Por onde anda o alegretense que atuou na “Batalha dos Aflitos” pelo Grêmio

Há exatos 15 anos, o Grêmio vivia uma das partidas mais épicas de sua história. Que ficou eternizada e conhecida como a “Batalha dos Aflitos”, naquele jogo épico o Tricolor garantiu seu retorno à elite do futebol brasileiro ao vencer o Náutico, por 1 a 0, mesmo depois de ter quatro jogadores expulsos e dois pênaltis contra si.

Entre o seleto grupo de jogadores, um alegretense fez parte daquele capítulo na história gremistas em Recife, no dia 26 de novembro de 2005.

O alegretense Nunes, que saiu das categorias de base do Flamengo de Alegrete, jogou no campeonato amador de Alegrete pelo Santos, time do seu bairro, acabou indo para base do Grêmio, jogou por algumas temporadas no Guarani, mas logo retornou ao futebol gaúcho. Atuou por Pelotas, Cerâmica, Avenida, Brasil-Pel e, neste ano, com 36 anos de idade, ele defendeu o São Paulo-RG, na Divisão de Acesso, por conta da pandemia do novo coronavírus, Nunes está aguardando propostas de clubes. Já que o São Paulo só retorna na disputa da Divisão de Acesso em Julho de 2021, e seu retorno ao clube é incerto.

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A reportagem do PAT entrou em contato com o jogador, que atendeu o telefone quando se dirigia para uma consulta do filho que nasceu na semana passada, dia 19.

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Solicito, Nunes disse que assim que saísse da consulta médica retornava a ligação, e assim fez. Morando em Pelotas com a família, o jogador é casado com Gisa Nunes e o filho que nasceu na última quinta-feira (19).

Nunes, não economiza palavras para descrever a situação nos Aflitos. “Foi um dia histórico, a gente resistiu à tudo. Eles não deixaram nós aquecer, o vestiário com cheiro de tinta fresca, sirene, nós trancaram para não aquecer no campo. No final tudo deu certo”, comentou Eduardo.

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Ajoelhados, de olhos cerrados e com emoções exacerbadas, os gremistas fazem ressoar suas preces no acanhado vestiário dos visitantes no Estádio dos Aflitos, em um grito uníssono, já à noite naquele 26 de novembro de 2005. Na mira das lentes da televisão, fazem chegar a todo o país a imagem da união e da fé de um grupo capaz de suportar dois pênaltis e quatro expulsões para sair com um triunfo histórico.

E toda confusão iniciou com o alegretense. A bola no braço, acabou em penalidade. Nunes confirma que estava fora da grande área. Enfim, daquele momento até o presidente do Grêmio entrou em campo para impedir a cobrança. Amigo do goleiro Galatto, Nunes confiou que o defensor ia pegar, e assim foi.

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Um elenco que, 15 anos mais tarde, deixou-se conduzir pelo futebol por rumos e caminhos distintos. Cada um num canto, perderam o contato, mas não o elo insolúvel com as lembranças da batalha que devolveu o Grêmio à Série A do Brasileirão.

O alegretense guarda com carinho cada registro daquele momento e eternizou amizade com o grupo de jogadores, os heróis da Batalha dos Aflitos marcaram história no Grêmio.

Júlio Cesar Santos                                               Fotos: acervo do atleta