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Acordar cedo e não parar nunca, só para fazer as refeições e depois tarde da noite é o que os trabalhadores rurais da agricultura familiar realizam em Alegrete. Arli Nunes Pereira, 54 anos é um dos que mal sai da cama e começa a trabalhar na produção de legumes, verduras e frutas. – É um trabalho que não tem folga e eu e minha família há muitos anos nos dedicamos a essa atividade.
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Com a revogação da Lei 12.512 que possibilita a esses produtos, por chamada pública, a venda de alimentos aos quartéis ele teve muitos prejuízos. Só de cenoura esse produtor, da Coxilha Vermelha, perdeu 1.500 quilos da hortaliça. Explica que produzem para cumprir os contratos, já sabendo a quem devem entregar, e com essa mudança do Governo de Federal, as perdas foram inevitáveis. Eu tenho 8ha e não perco um palmo da terra, porque daqui tiro o sustento minha família, atesta Arli. Ele diz que muita cenoura, abóbora e repolho estragaram na lavoura ou serviram de alimento para os porcos. Até tentam vender para feiras a preço quatro vezes menor do que faziam às unidades militares de Alegrete, mas sai pouco, lamenta Arli Nunes.