Professora de Libras diz que é preciso ensinar língua de sinais a todos para promover mais inclusão

Esse dia 23 de setembro como o Dia Internacional das Línguas de Sinais. A data, comemorada pela primeira vez em 2018, é uma homenagem ao dia em que a Federação Mundial dos Surdos foi criada em 1951.

E o questionamento de uma mulher da comunidade é de que a Língua Brasileira de Sinais conste no currículo das escolas para que a educação e busca de conhecimento aumentem a inclusão em todos os níveis na cidade. Tanto a rede municipal, estadual e particular, ainda não contemplam o ensino de Libras.

A professora de Libras Josie dos Santos Pillar, que trabalha com todas as inclusões, salienta que é uma necessidade que todos aprendam a Lingua de Sinais, para se comunicarem. Isso se faz necessário, diz a professora, para que haja ainda mais inclusão. Ela lembra que existe a PL 6284 de 2019, em tramitação, que preconiza que tenha o ensino de Libras para os estudantes surdos. É importante que todos saibam e não só os professores, porque os alunos surdos são estudantes da escola e precisam estar inseridos e acolhidos nesta comunidade e em todos os ambientes. Essa é uma proposta de educação bilíngue, onde primeiro o aluno vai aprender Libras, depois o Português, esclarece.

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Você sabe como surgiu a Língua Brasileira de Sinais? Podemos dizer que teve seu início a partir do segundo império. Através de um convite do imperador Don Pedro II ao francês Ernest Huet, que trouxe a Língua de Sinais francesa e implantou a Língua Nacional de Sinais.

A nossa Libras de hoje naquele tempo se chamava assim. Sabe porque o Imperador Don Pedro II convidou este educador? Alguns relatos apontam que o imperador tinha um neto surdo e gostaria que fossem desenvolvidos métodos para que essa pessoa estudasse. Porém, outros relatos apontam que não era seu neto, mas sim um parente próximo. De qualquer forma, ele encontrou em Huet a solução para seus problemas, isso porque ele era um grande estudioso, formado no Instituto Nacional de Surdos de Paris.

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Naquele tempo era comum que professores formados pelos Institutos especializados europeus fossem contratados, a fim de ajudar a fundar estabelecimentos para a educação. Huet já possuía objetivo de criar uma escola para educação de surdos, baseado no método de Comunicação Total. Esse método tinha como foco aumentar as possibilidades de comunicação dos surdos no meio familiar e escolar.

Criação do Imperial Instituto dos Surdos-Mudos

Em 1855, Huet apresentou um projeto de criação de uma escola para surdos. Ele havia identificado em seus estudos que a quantidade de surdos no Brasil era muito maior do que eles imaginavam. Cabia ao imperador decidir se arcaria com os custos das despesas deste projeto ou não.

Don Pedro II estava convicto em ajudar na comunicação de seu neto (ou parente). Por isso, aceitou a proposta de Huet e em 1857, no Rio de Janeiro foi fundado o IISM – Imperial Instituto dos Surdos-Mudos!

O IISM tratava apenas de crianças surdas do sexo Masculino. Este instituto mudou a sua nomenclatura várias vezes. Mas, você sabia que ele está funcionando até hoje? Para quem ainda não identificou, o IISM atualmente é o nosso INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos).

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