Santa Casa se compromete a pagar o piso para trabalhadores da enfermagem

A folha do mês de junho a ser paga nesta próxima semana, já estará contemplando o novo piso da enfermagem para os trabalhadores da Santa Casa.

O acordo, válido por 2 anos, foi assinado pelo presidente da instituição, Roberto Segabinazzi; pela diretora Operacional, Tailise Ribeiro Lemos e pelo presidente do Sindicato da Saúde de Alegrete, Everaldo Paré.

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Foram realizados alguns embates saudáveis, até que ambos os lados chegassem a um consenso. “Acreditamos ser justa a remuneração do piso para trabalhadores da saúde e desde a primeira conversa, sempre dissemos que buscaríamos alternativas de pagar o piso”, revela Segabinazzi.

Para a Santa Casa, o piso foi decisão política e eleitoral, pois não pensaram como as entidades pagariam, especialmente as entidades filantrópicas, pois na aprovação do piso não houve a preocupação com as fontes de custeio para os hospitais garantirem este incremento, através de novos recursos públicos. “Nossa realidade é diferente de grandes hospitais, mas o piso é o mesmo do Moinhos de Vento, em Porto Alegre e Albert Eistein, em São Paulo e de outros grandes hospitais do país”, lembra.

Na primeira portaria de distribuição dos novos recursos para pagamento do piso, Segabinazzi foi surpreendido com a informação de que o hospital de Alegrete receberia metade do valor do hospital de Uruguaiana e menos que o hospital de Rosário do Sul. Prontamente foi encaminhado questionamento ao Ministério da Saúde, pois o valor repassado seria 1/3 de necessidade de Alegrete.

Desde o início, a Santa Casa garantiu sua vontade de implantação do piso ao Sindicato e apresentou ao presidente Everaldo uma proposta que o viabilizasse, embora o Sindicato insistisse pela não proporcionalidade. Para resolver o impasse, a Santa Casa se comprometeu, respeitar a decisão do STF, se a mesma considerar a não proporcionalidade e pagar a diferença. “Salário não retrocede e trabalhamos com 180 horas. Caso o STF mantenha a proporcionalidade, não teríamos como voltar salários, mas repor teremos a obrigação”, acrescenta Segabinazzi.

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O presidente garante que para quem vive o dia a dia do hospital, sabe que o desempenho dos profissionais ultrapassa a pandemia. “Todos os dias temos a UPA lotada, hospital sem leito e profissionais dedicados sempre, o que nos motivou a buscar efetuar o pagamento”.

A diretoria do hospital optou por fazer uma reorganização salarial em todas as categorias. Com isso, o aumento médio é de 13%. Para o piso da enfermagem, técnicos e auxiliares, ultrapassa os 20%. “O aumento é significativo no contracheque de todo o quadro funcional da Santa Casa”, conta.

Com o pagamento do piso, a partir da semana que vem, o custo mensal terá um acréscimo de R$ 400 mil na folha de pagamento, chegando a R$ 5 milhões ao ano, contanto também com os profissionais terceirizados que prestam serviços para o hospital, que é o único da cidade e 80% da sua capacidade de atendimento destina-se a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

O novo piso para enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750, conforme definido pela Lei nº 14.434. Técnicos de enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375).

Assessoria de imprensa da Santa Casa

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