Saudade do Alegrete| Helton, uma voz a serviço da música gaúcha em Santa Catarina

No Saudade do Alegrete desta semana, a história de um alegretense que se destaca no meio musical.

Helton Monteiro Saldanha

Helton Monteiro Saldanha, está com 32 anos e, atualmente, reside em Palhoça/SC, e é cantor principal do Arrasta Fole de Biguaçu/SC.

O alegretense ressaltou que iniciou na música, profissionalmente, aos 12 anos e o primeiro grupo foi o Estilo Campeiro, o qual cita que é muito grato até hoje, porque foi onde tudo começou.

Ao mesmo tempo, ele também, participava de programas em rádios como: do Bagual da Madrugada, onde ele cedia espaço para os cantores da terra em diversas entidades.

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Foi nesse tempo de apresentações que mesmo sem ter condições de ter pilchas, ele sempre tinha algum amigo, que de uma forma ou de outra o ajudavam, emprestando uma bota, um lenço, um cinto de gaúcho, para que ele pudesse se apresentar em piquetes e CTGs da cidade.


“E esse tipo de atitude eu jamais esqueço, porque são valores que o dinheiro não compra. Logo em seguida aos 13 anos, fui convidado a fazer parte do Grupo Freio de Ouro, do meu amigo Capincho, onde fui cantor e baterista por exatos 7 anos. Foi literalmente uma escola na minha vida profissional!”- acrescenta.


Diante disso, mais uma porta se abriu, dessa vez para fazer parte da Gurizada Macanuda, lugar onde cita que conseguiu expandir sua musicalidade e ser “visto” por outras bandas.

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Helton foi cantor da Gurizada Macanuda juntamente com Rodrigo Arebalo por 2 anos. Foi quando pontua que ocorreu uma parte importantíssima em sua vida, pois foi quando teve coragem, pela primeira vez, de sair de casa, sair de Alegrete, para cantar no Tchê Campeiro em Balneário Camboriú.


Depois disso, algumas coisas foram dando certo e outras não, mas carrega com ele, até hoje, sempre o pensamento positivo de que as coisas acontecem na hora que Deus quer, e não quando as pessoas desejam.


Do Tchê Campeiro, foi passando por outras bandas e comenta que foi amadurecendo musicalmente e fazendo muitas amizades no meio musical.


Conviveu com músicos que assistia em DVD, é fã e, que em pouco tempo se tornaram pessoas do seu convívio, no dia a dia como: João Luiz Correia, Ivonir Machado, Chiquito e Bordoneio, entre tantos outros músicos que têm admiração e respeito.

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“Os grupos pelos quais passei, e tive o privilégio de tocar junto são: Walther Moraes e Grupo Criado em Galpão, Herança Serrana, Tchê Campeiro, Banda GDB, Nosso Balanço, Grupo Freio de Ouro, Os Cumpadi.
Confesso que nesses 20 anos de muita luta, dedicação, e também de muita coragem em enfrentar os obstáculos diários, não foi e não é nada fácil.” – destaca.


O alegretense comentou que a principal base para chegar onde está, foram as pessoas que de uma forma ou de outra o apoiaram e que admiram seu trabalho e a forma como leva a música, independente do lugar, da cidade, e do que quer que seja.


“A família é base de tudo, pois reconheço todo esforço e companheirismo que meus pais tiveram comigo ao longo dessa caminhada. Tenho muitos conhecidos, muitos para falar a verdade, mas amigos tenho poucos, pra ser sincero não preenche uma mão, mas os raros que eu tenho, esses sim, me impulsionam a seguir em frente, não importa a dificuldade e nem mesmo a distância.”- comenta.


Longe de casa, pontua que segue trabalhando, fazendo o que ama, que é cantar pelo Brasil a fora, e também levar o nome de Alegrete por onde passa. Tanto que a maioria das pessoas em Santa Catarina, o chamam de Alegrete, a cidade referência em qualquer lugar que vai.

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“O tempo voa, literalmente, lá se vão 20 anos de música, e atualmente estou muito feliz no lugar onde estou, pois aqui sou extremamente valorizado tanto como pessoa, e também como músico. Em Palhoça/SC, sou o cantor principal do Arrasta Fole de Biguaçu/SC, tenho colegas que tem uma experiência muito maior do que a minha, já tocaram com bandas renomadas do sul do Brasil e isso me faz crescer ainda mais musicalmente convivendo e tendo eles por perto.
Quero retornar a minha cidade, e poder mostrar não somente para o povo alegretense, mas também àquelas pessoas que tem um contato direto comigo, e que sabem de toda minha trajetória, para que possam ver esse grupo, esse time, essas pessoas as quais trabalho hoje.”- ressaltou.


Helton acrescenta que esse dia irá chegar, e quando isso acontecer, quer que seja um dia especial, para ele, para banda, para os contratantes em um modo geral, quem sempre o ajudaram e deram oportunidade para que ele não desistisse da música em meio a uma Pandemia que dificultou o trabalho de todos os músicos, e também para Alegrete, pois é de onde ele saiu, é sua origem, e é onde tudo começou.

Para finalizar, Helton cita que tem o sonho de cantar em um grupo gaúcho que cresceu ouvindo as músicas como: João Luiz Correia, Chiquito e Bordoneio, Os Serranos, Grupo Manotaço, entre tantos outros. “Eu sei que um dia vou chegar lá, minha hora irá chegar” – encerra.

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