Som alto e perturbação no centro da cidade são debatidos em audiência pública na Câmara

A Câmara promoveu na noite de quarta-feira (30), importante Audiência Pública, convocada pela Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento e Bem Estar Social, para tratar sobre a perturbação do sossego público, que se dá pela poluição sonora nas ruas e espaços públicos da cidade, muito além dos horários e decibéis permitidos por lei. A Comissão é formada pelos vereadores Itamar Rodriguez, Jaime Duarte e Firmina Soares.

O vereador Itamar Rodriguez explica que foi procurado pelos moradores das ruas Tamandaré e Demétrio Ribeiro, que através de um Abaixo Assinado pedem providências.

Estiveram representados o Hospital da Guarnição de Alegrete, o Centro Empresarial de Alegrete, na presença do jornalista Nilson Gomes; a União das Associações de Bairro de Alegrete, na presença de seu presidente Airton Alende; e as secretarias municipais de Meio Ambiente e de Desenvolvimento Econômico e Turismo, com a presença das secretárias Gabriela Segabinazzi e Caroline Figueiredo, além do procurador geral Paulo Faraco, que compôs a Mesa.

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Os debates foram intensos. Moradores das adjacências da esquina das ruas Demétrio Ribeiro e Tamandaré relataram o verdadeiro caos em que suas vidas foram transformadas, já que a partir das 23h uma multidão toma aquele ponto, com carros estacionados com som em altura insuportável, algazarra, beberagem em plena rua e toda uma série de acontecimentos que advém das aglomerações com bebida. “Se estende até de manhã; é insuportável”, lamenta a professora Sandra Delgado, moradora a poucos metros do bar 24h.

As críticas, no entanto, são voltadas aos consumidores, já que o bar é um 24h e os proprietários alegam que não têm responsabilidade com o que acontece na rua. Asseguram, também, que “fazem de tudo” para manter uma boa relação com a vizinhança.

Leandra Ravalha, outra moradora, disse que foram incalculáveis as vezes em que acionou a Brigada Militar e que a resposta é sempre a mesma: falta de efetivo, não tem como atender essa demanda, etc. Por sua vez, as queixas contra a Guarda Municipal foram também muito fortes. “Não atendem”. “Mandam ligar para a Brigada”. “Ficam apenas na praça, multando”.

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As críticas também se estenderam a outro estabelecimento, que funciona junto a um posto de gasolina, na esquina da Mariz e Barros com a Tiradentes, quando uma moradora relatou a “verdadeira saga” que vem percorrendo junto a diversos órgãos e entidades, como o Ministério Público, a Brigada Militar, secretarias municipais, Conselho Tutelar, sem nenhum encaminhamento efetivo.

“Estamos de mãos atadas e a situação é caótica”.

Os vereadores presentes – Itamar Rodriguez, Jaime Duarte, Fabio Perez, Luciano Belmonte e o presidente da Câmara, Anilton Oliveira – debateram o tema e buscaram um encaminhamento. Há consenso da gravidade dos problemas. Paulo Faraco, procurador do Município, revelou que as ruas no entorno do Hospital Militar terão faixa amarela.

“Ali não é local para estacionar e consumir álcool na madrugada, muito menos colocar som alto, ao lado de um hospital”, disse.

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A secretária de Meio Ambiente, Gabriela Segabinazi, disse que suas equipes fazem vistoria, autuam, mas que nem a Guarda Municipal e muito menos os fiscais têm poder de polícia e que essas aglomerações são hostis.

Nessa mesma linha, a secretária Caroline Figueiredo explicou como são emitidos os licenciamentos para os empreendimentos funcionarem, reconhece o problema e sugere que os vereadores se somem na busca de uma solução.

O presidente da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento e Bem Estar Social, Itamar Rodriguez, ao finalizar a Audiência Pública, assegurou que todas as manifestações serão levadas em consideração e que os vereadores farão os encaminhamentos pertinentes. “Daqui sairão ações efetivas e objetivas”, assegurou.

Ao final, entre todos os participantes, ficou a esperança de que medidas serão tomadas e soluções negociadas com empresários, prefeitura e moradores dessas localidades.

Foto: assessoria CMA

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