Voluntários do agro de Alegrete e litoral estão nas ruas alagadas de POA resgatando pessoas e animais

Desde o domingo, 5 de maio, um grupo de pessoas do agronegócio de Alegrete deslocou-se para Porto Alegre e região metropolitana para trabalhar incansavelmente na linha de frente dos resgates em meio às inundações que assolaram a região.

Bruno Borjao, um dos membros e responsável por coordenar o grupo, partiu de avião no domingo e pousou em Osório, onde encontrou apoio de colegas do agronegócio do litoral, jipeiros de Porto Alegre e catarinenses dos clubes de caça. Juntos, formaram uma equipe composta por 20 pessoas que atuam de jeeps, barcos e jet skis, prontos para enfrentar as adversidades e ajudar as comunidades.

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Desde o primeiro dia de trabalho, esses heróis anônimos também têm realizado resgates impressionantes. Nos dois primeiros dias de operação, já haviam resgatado mais de 2 mil pessoas. No entanto, o trabalho está longe de terminar, e eles continuam dedicados a resgatar tanto pessoas quanto animais que foram afetados pelas inundações.

O cenário é emocionante e exige coragem. Parece uma guerra.

Cruzando o Rio Guaíba e o Rio Jacuí com barcos de pequeno porte, esses voluntários têm se aventurado em áreas atingidas pelas enchentes, como Eldorado, Guaíba, Humaitá, Mathias Velho e Menino Deus. Em meio às dificuldades, a solidariedade tem sido a força motriz. As pessoas atingidas pedem apoio com água, kits de primeiros socorros, comida e roupas, e a resposta tem sido abundante, mesmo assim, ainda são necessárias mais doações e isso pode ser realizado em qualquer ponto de arrecadação para a Capital.

A solidariedade ganha asas quando a generosidade une pessoas e cidades; veja esse exemplo em Alegrete

Os voluntários estão enfrentando condições desafiadoras. Dormindo em abrigos improvisados, muitos deles passaram três dias sem acesso a banho. Além disso, os equipamentos utilizados nos resgates têm sofrido danos devido à água e à sujeira, exigindo constantes reparos.

No entanto, esses heróis perseveram, contando com o apoio do agronegócio de Alegrete e região do litoral. A solidariedade e a determinação desses indivíduos são um testemunho do espírito comunitário que prevalece mesmo nas situações mais difíceis.

Porto Alegre

Porto Alegre, a capital gaúcha, viu-se perplexa diante da fúria avassaladora do lago Guaíba, que transbordou de suas margens, invadindo impiedosamente ruas, lares, estabelecimentos comerciais e até mesmo hospitais. O fenômeno começou a se manifestar já na última sexta-feira (3), recordando os tempos sombrios da grande enchente de 1941. Contudo, desta vez, a calamidade foi ainda mais longínqua, atingindo áreas antes consideradas imunes.

O número de mortos em razão dos temporais que atingem o estado ultrapassa 100. Ainda há 130 desaparecidos e 374 feridos. Há 230,4 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 67,4 mil em abrigos e 163,7 mil desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos). O RS tem 425 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao temporal, com 1,476 milhão de pessoas afetadas.

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