A solidariedade ganha asas quando a generosidade une pessoas e cidades; veja esse exemplo em Alegrete

Uma corrente solidária se ergueu para garantir que a alimentação vital chegasse à pequena Alicia, de apenas 2 anos, em meio à catástrofe climática que assolou o Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre e diversas cidades enfrentam a maior enchente registrada em décadas, dificultando o acesso a serviços essenciais.

Para Alicia, cuja vida depende de uma alimentação parenteral devido à Síndrome do Intestino Curto, a situação tornou-se ainda mais crítica. Com cinco cirurgias já realizadas e um tratamento diário que custa mais de R$ 1.100, sua saúde estava em risco após ficar dez dias sem receber os nutrientes necessários. A mãe, Rafaela Carvalho, lutou incansavelmente para garantir o tratamento da filha, cujo organismo não consegue absorver adequadamente os nutrientes de outra forma. A cada dois dias, a alimentação vinha de Porto Alegre, uma jornada que se tornou impossível diante das condições da enchente.

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O apelo de Rafaela reverberou nas redes sociais e na comunidade local, alcançando uma mãe em Osório disposta a ajudar. No entanto, a logística se mostrava desafiadora, já que Alicia estava há tanto tempo sem receber o tratamento. Foi então que a solidariedade se manifestou em diversas frentes, incluindo publicações em grupos de whatsApp, redes sociais e no site Alegrete Tudo.

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O empresário Lucio do Prado, que também teve seu bairro invadido pelas águas e teve perdas, não parou de atuar em prol do outro e engajado na mobilização de ajuda para as vítimas da catástrofe, ao visualizar um post do PAT e outras ligações como do assessor do Deputado Heinze Vinicius Loureiro, entrou em contato com o médico oftalmologista Dr. Humberto Scheuermann, conhecido por suas ações humanitárias. Com uma clínica em Rosário do Sul, o Dr. Humberto que já recebeu título de cidadão alegretense, prontamente se dispôs a realizar o translado, com seu avião particular, da alimentação de Porto Alegre a Alegrete, onde Alicia reside. Além disso, trouxe medicamentos que estavam prestes a terminar para a Santa Casa de Alegrete, entrega que também foi realizada por Lucio ao hospital. Atendendo o pedido do provedor Roberto Segabinazzi e da chefe do laboratório Luciana Fogliarini.

Ao destacar a urgência do caso, ao PAT, o Dr. Humberto ressaltou sua experiência em lidar com necessidades médicas urgentes, tanto pelo SUS quanto em iniciativas voluntárias. Sua esposa, Lucia Scheuermann, também contribuiu, levando uma carreta de água potável para regiões afetadas pela enchente.

A entrega da alimentação à Alicia foi acompanhada pelo PAT. Foi um momento de alívio para Rafaela, que via sua filha já sofrendo os impactos da falta do tratamento. Após a entrega da alimentação à pequena Alicia, Lucio destacou a importância da solidariedade em momentos como este.

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Rafaela expressou sua gratidão pela ajuda recebida, mencionando que agora Alicia poderá receber a alimentação de Santa Maria, embora ainda precise de apoio para transportá-la até Alegrete. “Já fiz alguns orçamentos e o valor incluso chegou a 800 reais para que eu pudesse ir a Santa Maria no sábado buscar. Mas tenho fé que, por ser mais perto, tudo poderá ser mais fácil, pois a situação em Porto Alegre ainda vai demorar a normalizar. Minha filha não pode mais ficar longos períodos sem a alimentação parental. A médica dela, que é de Porto Alegre, tem sido muito solícita e acompanha a situação mesmo de longe. Estamos em contato sempre, até pelo fato de que não há um período específico em que ela vai manter esse tratamento. Foi uma luta judicial conseguir e agora, neste momento, é o que minha menina mais precisa” – concluiu.

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