A economia em 2022 vai enfrentar dificuldades

Especialistas esperam que 2022 seja marcado ainda por dificuldades para a economia brasileira. Em um cenário de renda mais baixa, a expectativa do mercado é de um crescimento perto de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem, de acordo com o último Boletim Focus divulgado pelo Banco Central.

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“O ano de 2022 vai ser mais ou menos no mesmo ritmo que está acontecendo agora. A pancada da pandemia foi muito forte. Este que inicia é a continuidade praticamente de 2021”, prevê Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

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Os economistas explicam que diversos pontos ajudam a explicar por que as perspectivas são de fraqueza para a economia do Brasil em 2022. Veja abaixo os 8 pontos comentados em entrevista ao InvestNews:

O indicador oficial da inflação em 2021 no país, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), chegou aos dois dígitos em 12 meses em 2021, pressionado pelos preços de energia elétrica em razão da crise hídrica, aumento dos combustíveis, pressões das commodities, dólar elevado entre outros fatores.

Para 2022, a expectativa é de algum alívio na alta de preços. “Já está começando a ter alguma coisa, e parte desse alívio vem do atacado, principalmente”, diz Vieira, citando por exemplo a “melhora das chuvas”.

“Apesar de que, pontualmente aqui no Brasil, a La Niña pode encher o saco em algumas regiões, mas, no geral, a chuva deve melhorar, o que reduz o impacto de habitação”, explica o economista.

Trabalho e renda: cenário ainda difícil

Não existem perspectivas de melhora no mercado de trabalho e na renda das pessoas em 2022, segundo os economistas ouvidos pelo InvestNews. Segundo as últimas divulgações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego caiu para 12,6% no trimestre terminado em setembro, mas essa redução ocorre em meio ao aumento do número de trabalhadores subocupados e informais. 

Os dados mostram que a informalidade responde por 54% do crescimento da ocupação no país. O rendimento real dos brasileiros encolheu e está no menor patamar desde 2012. 

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Agro e serviços devem se sair melhor

Vieira comenta que um dos grandes impulsos positivos para o PIB do ano que vem pode vir da agricultura, em uma “recuperação muito possível”. “Um problema climático foi um dos grandes impactantes da agricultura lá atrás. E a reversão desse problema tende a ajudar a agricultura, que tende a ajudar o PIB também”, afirma o economista. 

A agricultura tende a continuar num patamar bom por conta do crescimento de Estados Unidos e China.

Para o setor de serviços, as perspectivas também são mais positivas. Vieira atribui essa expectativa à melhora da situação da pandemia de covid-19.

“Muito do que está se falando da ômicron eu acho que dá uma perspectiva um pouco melhor. Porque a variante que não matou ninguém até agora é uma das melhores notícias que poderia existir. 

Com informações de Invest News

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