Agora a angustiante espera é pela elucidação da morte de Priscila Leonardi em Alegrete

Desde o desaparecimento da alegretense Priscila Ferreira Leonardi, de 40 anos, amigos da Irlanda estão em contato com o PAT diante da agonia inicial de encontrá-la e, posteriormente, pela incredulidade e choque ao descobrirem que o corpo da enfermeira tinha sido localizado no rio Ibirapuitã, no dia 6.

As autoridades informaram que ela foi espancada e estrangulada, deixando um rastro de dor e perplexidade em todos.

Diante desse cenário trágico, um grupo de amigos criou um grupo no WhatsApp e está diariamente em contato, buscando justiça para Priscila. Determinados a fazer com que suas vozes sejam ouvidas, eles marcaram um protesto para a próxima segunda-feira, dia 17, em frente à embaixada do Brasil em Dublin. O lema escolhido para o protesto reflete a principal pergunta que permanece no dilacerado enredo dessa história: “Quem matou Priscila?”.

Tristeza e comoção pela morte prematura de jovem de 17 anos em Alegrete

De acordo com os amigos, Priscila, carinhosamente chamada de Pri, era uma pessoa apaixonante que cativava a todos ao seu redor. Ela era batalhadora, cheia de planos para o futuro assim que retornasse à Irlanda. Priscila trabalhava o dia inteiro e estava fazendo uma especialização, o que exigia muito tempo de dedicação. Apesar das dificuldades de não ter mais o pai e a mãe, ela nunca teve problemas com ninguém. Seus familiares eram poucos e ela tinha pouco contato com eles, mas ela construiu uma nova família na Irlanda, formada por seus amigos.

Priscila se formou em Santa Maria e começou a atuar como enfermeira naquela região. Depois, trabalhou em Bento Gonçalves e, por fim, em um hospital de Nova Prata. Em 2019, ela decidiu aprimorar o inglês e buscar novos desafios, desta forma, foi para Dublin, na Irlanda. Lá, ela aperfeiçoou seu inglês e, atualmente, trabalhava há mais de dois anos como enfermeira em uma casa de repouso para idosos. Priscila era solteira e não tinha filhos, ela estava de férias no Brasil quando desapareceu e tinha previsão de retornar a Dublin no dia 3 de julho, chegando no dia 4.

Uma sequência de eventos, ainda em fase de investigação, levou a enfermeira a desaparecer em 19 de junho, após sair da casa de seu falecido pai, onde reside um primo, e foi encontrada somente em 6 de julho, sem vida e com marcas de brutalidade. Priscila havia dito às amigas que planejava ir até o município de Faxinal do Soturno (RS) nos dias seguintes para buscar documentos de ancestrais que a auxiliassem em um processo de cidadania italiana que ela também pretendia encaminhar. Ela estava com passagem marcada.

A passagem por Alegrete tinha como principal objetivo tratar do inventário judicial da herança de seu pai, falecido em maio de 2020. A mãe da alegretense faleceu antes do pai dela e a enfermeira descobriu há cerca de quatro anos que tinha uma irmã paterna.

Rejeitado pela mãe, Mée é acolhido como membro de família no Caverá

Tanto as amigas que vivem na Irlanda quanto o advogado, numa entrevista ao PAT, no dia 6, afirmam que não havia problemas com a irmã nem desavenças na discussão do inventário. A herança do pai não envolvia nenhuma fortuna, sendo composta por metade de uma casa simples de alvenaria no bairro Vila Nova, de características populares, e cerca de 15 hectares de terra em Alegrete e dois imóveis em Santa Maria.

Em mensagens para suas amigas, ela relatou que iria até a moradia para verificar o que ainda restava de pertences pessoais. Segundo o relato do primo, que registrou o desaparecimento, ela deixou do endereço e embarcou em um veículo Renault Duster preto, acreditando ser um transporte por aplicativo. Infelizmente, Priscila foi encontrada somente 17 dias depois, sem vida e com o cadáver em estado avançado de decomposição.

A Polícia Civil afirma estar trabalhando com todas as linhas de investigação e busca respostas para o assassinato brutal de Priscila Leonardi. Seus amigos estão determinados a encontrar justiça para ela e esperam que o culpado ou culpada seja responsabilizado(a) pelo que foi feito.

Nesse momento de luto e indignação, os amigos de Priscila se unem para exigir justiça e pedem o apoio de todos que possam contribuir para a elucidação desse crime brutal. O protesto marcado para a próxima segunda-feira, em frente à embaixada brasileira em Dublin, é um dos esforços desses amigos para manter viva a memória de Priscila e exigir que sua morte não fique impune.

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Jorge Newton de Souza Nunes

Pelo que se vê em Alegrete não existe ninguém interessado em que o crime seja elucidado. Que a polícia não venha com suicídio, como ocorreu em outro crime horrendo.

DEUS tarda mais não falha ..esse bandido vai pagar ..DEUS está com ela …ela vai ter justiça ..ela tem a amigos e verdade ..