Alegretense, praticante da “Queda de Braço”, garante um Top 5 em São Paulo

O alegretense Eduardo Bueno Reffatti conhece a "queda de braço" desde pequeno e sempre gostou de brincar no colégio.

Competição em São Paulo já rendeu um top 5

Era como uma brincadeira para testar a força, até um dia assistir alguns vídeos de competidores internacionais no YouTube. Foi então que aprendeu que não se tratava apenas de “queda de braço”, mas sim, luta de braço ou braço de ferro.

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O tempo passou, meu único contato eram os vídeos. Foi então que num belo dia ganhei um cachorro e o animal virou um super cachorro, com 52kg de muito amor e tração, sim tração.

Fazendo força com o cão

Ele puxava muito, por falta de um melhor adestramento. “Não era brabo, mas ele ficava muito eufórico e puxava, puxava demais. Consequentemente tive dores nos braços de segurar. recuperava num dia e no outro tinha que sair novamente, de manhã e noite, pois morava naquela época em um apartamento. Nunca parei de fazer academia, então notei que meus braços ficavam mais fortes e resistentes com o tempo.

Foi então que despertou o antigo interesse pela luta de braço. Adaptou uma faixa de jiu-jitsu junto à coleira do cachorro e simulava a pegada de mão com ela e mantinha o ângulo do braço como se tivesse em uma mesa.
Dudu como é conhecido, iniciou a estudar os movimentos, buscar técnicas e treinamentos caseiros, aprendeu que a maioria dos lutadores adaptam os puxadores e treinam com pesos livres em casa ou em academias.

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Mecanismo possibilita o treino solo

O avô lhe auxiliou na marcenaria e ali começava com os treinos específicos além do passeio com o cachorro. O avô Aldo Reffatti tem a marcenaria como hobbie, construtor nato, onde ajuda muito na criação dos “aparelhos”.

Treino na oficina do Seu Aldo

Depois de alguns meses treinando, até o irmão ajudava nos treinos de mesa. Um dia descobriu que um conhecido, colega de música, também baterista, praticava em Alegrete a luta de braço.

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Era o que faltava, hoje treinam juntos. Os treinos ocorrem na madeireira do amigo, seu Claercio, mesmo nome do filho.

Testando a força

Após alguns contatos com a rede de amigos, surgiu o Sandro, antigo morador de Alegrete que já fora multicampeão na luta de braço. Se tornou um grande apoiador e consultor técnico nessa jornada, tudo via aplicativo de mensagens.

“Uma das grandes dicas foi para competir, tentar ir em campeonatos para entender o nível dos lutadores e aprender como realmente se luta”, recorda Dudu.

E assim foi, neste mês de fevereiro, o alegretense se aventurou numa competição como estreantes em São Paulo, na cidade de Jacareí.

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A competição foi realizada pela Federação Paulista de luta de braço, com muitos competidores em todas as categorias.

Dudu na disputa

O alegretense lutou na 85kg e garantiu logo um top 5. “Muito contente com o resultado. Viajei um bocado e aprendi muito. Retornei com novas técnicas e com foco nos próximos campeonatos”, resume Dudu.

Agora os treinos estão voltados para participar de uma competição organizada pela Federação Gaúcha na cidade de Vacaria, sem data definida ainda.

“Todos os dias alguém pergunta sobre o esporte e muitos já arriscaram a treinar com a gente, alguns frequentam o CT de treinamento e a ideia é essa, difundir o esporte pra se tornar tão reconhecido quanto na América do Norte e na Europa”, incentiva o alegretense.

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