Amigos de Priscila, no exterior, contrataram assessoria jurídica para acompanhar as investigações em Alegrete

Amigos de enfermeira assassinada se unem em busca de justiça e mobilizam esforços aqui e no exterior.

O brutal assassinato da enfermeira Priscila Leonardi, de 40 anos, em Alegrete, vem gerando grande repercussão tanto no Brasil quanto na Europa. Priscila, que residia em Dublin, na Irlanda, era muito amada por seus amigos, que agora estão unidos em busca de justiça para o crime. Um grupo de amigos do exterior decidiu contratar uma assessoria jurídica para representar o grupo no Brasil e garantir que suas vozes sejam ouvidas e seus pedidos de justiça atendidos.

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Desde o desaparecimento de Priscila, seus amigos têm mantido constante contato com a Polícia Civil de Alegrete, a fim de colaborar com o que puderem para a investigação, fornecendo elementos de prova, mensagens trocadas com Priscila e colocando-se inteiramente à disposição da investigação.. Eles também difundiram a notícia para os principais canais de imprensa no exterior, resultando em ampla cobertura sobre o caso, tanto em âmbito nacional quanto internacional. O principal suspeito do crime é Emerson Leonardi, primo de Priscila, que foi preso temporariamente no dia 13 e é acusado de ter encomendado a morte e ocultação do cadáver.

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A notícia do desaparecimento de Priscila, que ocorreu no dia 19 de junho, se espalhou rapidamente, alcançando os amigos que ela havia conquistado ao redor do mundo, em países como Ingleterra, Irlanda, Portugal, Holanda, Italia e outros. Para esses amigos, Priscila não era apenas uma amiga, mas um membro da família. O corpo foi encontrado por pescadores locais, no dia 6 de julho, às margens do Rio Ibirapuitã. A necropsia apontou que ela foi espancada e estrangulada.

A prisão temporária de Emerson Leonardi, primo de Priscila e acusado como um dos principais responsáveis pelo crime, também gerou grande repercussão. É importante destacar que Emerson chegou a carregar o caixão de sua prima, o que chocou ainda mais a comunidade local e também os amigos mais próximos. A Polícia Civil continua trabalhando para concluir o inquérito, e há indicações de que outras prisões possam ocorrer em breve. O crime está apontado como tendo uma ligação direta com a herança deixada pelo pai de Priscila, Ildo Leonardi, que faleceu em 2020.

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Durante as investigações surgiram informações sobre valores significativos retirados da conta de Ildo nos dias que antecederam sua morte. Essa descoberta teria sido um dos motivos para o crime, uma vez que Priscila teria iniciado um processo civil contra o primo após tomar conhecimento dessas informações.

A defesa dos primos, representada pela advogada Jo Ellen Silva da Luz, contesta algumas das informações divulgadas sobre o caso. Por outro lado, o advogado Rafael Hundertmark, que representava a enfermeira neste processo, afirma que ela tinha desafetos na família. De acordo com Rafael Hundertmark, Priscila tem uma irmã mais nova, por parte do pai. Após a morte dele, foi aberto um inventário para formalizar a divisão e tramitar a transferência dos bens. Priscila e a irmã não tinham contato íntimo. No entanto, segundo Rafael, a enfermeira fazia questão que o processo fosse transparente e contemplasse a caçula e a relação delas era muito tranquila.

Diante desse cenário, o grupo de amigos de Priscila no exterior, incluindo pessoas do Reino Unido e outros países europeus, procurou uma assessoria jurídica no Brasil. Os Advogados Guilherme Fontes e Matheus Ayres Torres estão prestando assistência às amigas de Priscila, apoiando-as nas investigações, buscando justiça para o caso e colocando-se à disposição das autoridades, a fim de colaborar intensamente com as investigações. O grupo de amigos está sensibilizado com a tragédia ocorrida e está determinado a garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos. O intuito é garantir que sejam ouvidos e que seus pedidos de justiça sejam atendidos.

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Os amigos da enfermeira estão profundamente abalados com o ocorrido e planejam realizar um protesto em frente à embaixada brasileira na Irlanda, no dia 17, para reiterar e expressar lá também o pedido de justiça.

Os advogados destacam a importância das provas coletadas até o momento, em que a ‘família” dela no exterior também colaborou e seguirá à disposição da polícia, mas têm fortes indícios de ter havido uma participação ativa do primo no crime, sobretudo em razão dos relatos e temores que a própria Priscila os confidenciava. No entanto, ressaltam que a Polícia Civil continua investigando e certamente chegará a conclusões sobre todos os envolvidos. Nesse sentido, a intensificação das investigações é crucial, com reuniões e coleta de dados e provas, a fim de garantir que todos os responsáveis sejam identificados.
O trágico assassinato de Priscila Leonardi chocou tanto o Brasil quanto o exterior, e a busca por justiça é uma demanda unânime entre os amigos da vítima, que se mobilizam e lutam para que a memória de Priscila seja honrada e para que nenhum crime semelhante ocorra novamente.

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