Apresentação de projeto do aterro sanitário, em Alegrete, gerou resistência pelo pouco debate

A apresentação do projeto do aterro sanitário de Alegrete, pela CRVR, dia 26 no Centro Administrativo gerou questionamento de profissionais ligados a engenharia, meio ambiente e algumas pessoas da comunidade.

Jucelita Noetzold, Bióloga, cursando perícia ambiental, auditoria e gestão ambiental comenta que um empreendimento desse porte e com risco de impactar o meio ambiente não teve discussão prévia com a comunidade. lembrando que se aqui for instalado não será só para os resíduos de Alegrete e, sim de cidades da região. – Imagina a quantidade de lixo que vamos receber em nosso solo diariamente e quanto mais resíduos jogados em terrenos, menos serão reciclados ou reaproveitados, atesta.

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CRVR e Fepam

Por sua vez, o Instituto Botucatu considera que a audiência pública não foi, minimamente divulgada e/ou considerada como um meio verdadeiro de informar e ouvir a comunidade. -Em geral, ignoram-se os altíssimos riscos ambientais envolvidos, algo em torno de 400 toneladas de resíduos que serão acumulados por dia, a uns 10 km da cidade. Nós buscaremos mais informações junto à FEPAM e outros órgãos competentes, assim como tentaremos promover um amplo debate com a população, enfatiza presidente do Botucatu, Valéria Aprato”.

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Já a Bióloga diz que, basicamente, aterro sanitário é um local onde são depositados resíduos sólidos provenientes de residências, indústrias, hospitais e construções. É feito um grande buraco de no máximo dois metros de distância do lençol freático. Neste buraco é colocada uma manta de polietileno e uma camada de pedras pequenas, por onde passarão os líquidos e gases liberados pelo lixo.
Além disso, são instaladas calhas de concreto e tubos verticais por onde sobem os gases. Há uma quantidade determinada de lixo que pode ser depositada, que após atingir esse volume, encerra-se as atividades naquele local.
-Quanto mais as empresas evitarem o descarte em aterros sanitários, empregando técnicas de reaproveitamento de resíduos, além de melhor para o meio ambiente, é uma economia — evita-se gastos financeiros para construí-lo.
Aterro sanitário: porque evitar?
Todo projeto de aterro sanitário deve ser elaborado segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O não cumprimento das diretrizes técnicas descritas nas normas pode acarretar em impactos ambientais graves.
Ela cita que os aterros sanitários possuem diversas vantagens, mas também há desvantagens que se tornam importante para evitar o descarte resíduo neles.
Saiba quais são as desvantagens:
Danificação de infraestrutura (por exemplo, estradas danificadas por veículos pesados);
Poluição do meio ambiente (por exemplo, a contaminações dos lençóis de água por vazamentos);
Liberação de gás metano pela decomposição de resíduos orgânicos (agrava o efeito estufa e oferece perigo aos moradores das áreas próximas);
Abrigo de transmissores de doenças, como ratos e moscas;
Perda econômica (quanto mais resíduo é destinado aos aterros menos são reciclados ou reutilizados).

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