Bebê nascido em Porto Alegre simboliza geração dos 8 bilhões: ‘Esperança para o futuro’, diz mãe

Lucca, filho de Marcos André e Isabela, nasceu em Porto Alegre na madrugada desta terça-feira (15) com 2,854 kg e 49 cm. Os pais, ambos médicos, adiaram gravidez por conta da pandemia: 'que a gente tenha paz', diz pai.

No dia em que o mundo alcançou a marca de 8 bilhões de habitantes, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), um menino de 2,854 kg e 49 cm nasceu em Porto Alegre. Lucca Fernando Cohen dos Santos Freire veio ao mundo saudável, na madrugada desta terça-feira (15).

Lucca chega em um momento em que a pandemia de Covid-19 apresenta indícios de recrudescimento e a guerra entre Ucrânia e Rússia não dá sinais de acabar. Ainda assim, o simbolismo da data gera nos pais um sentimento de esperança.

“Ainda estamos em êxtase com tudo que vivemos nesta madrugada. Amanhecer com a notícia de que o Lucca faz parte deste recorde mundial nos dá esperança de que dias melhores estão por vir. Os últimos dois anos foram muito difíceis para muitas famílias, então o Lucca chega trazendo mais esperança para o futuro do nosso país”, diz a mãe Isabela Freire, de 31 anos.

Segundo estimativas de um relatório da ONU, 15 de novembro de 2022 marca o dia em que a população mundial chegou a 8 bilhões de pessoas. A estimativa é que o oitavo bilionésimo habitante da Terra tenha nascido por volta das 5h, em horário de Brasília. Lucca nasceu às 3h20 no Hospital Moinhos de Vento, que realiza, em média, 10 partos por dia.

De acordo com o secretário-geral da ONU, António Guterres, a marca é uma ocasião para celebrar a diversidade e “admirar os avanços na saúde, que aumentaram a longevidade e reduziram as taxas de mortalidade”.

Isabela conta que a gravidez foi planejada para acontecer em um momento mais ameno da pandemia. Como ela e o marido, Marcos André, são médicos, a experiência de convívio próximo e diário com o vírus gerou medo.

“A nossa gravidez foi planejada, então esperamos amenizar o momento da pandemia, para ser algo com mais segurança. Vivenciamos muitas coisas ruins na pandemia, então tínhamos certo receio. Graças a Deus, ocorreu sem nenhuma intercorrência. Com esse marco de que ele está fazendo parte do recorde, dá ainda mais emoção”, conta.

Para o futuro, Marcos André tem a esperança de que Lucca traga momentos de tranquilidade, não só para a família, mas para o mundo.

“Estamos passando por um momento turbulento, de um modo geral. O que a gente quer é que tudo melhore, que não tenha outra onda de pandemia, que acabem as guerras, que a gente respeite a vontade da maioria dos brasileiros em relação à polarização. Que a gente tenha paz e saiba aceitar as diferenças para poder tocar em frente”, fala.

Crescimento acelerado

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que a população mundial atingiu 8 bilhões de habitantes apenas 11 anos depois de ultrapassar a marca de 7 bilhões. Após um grande aumento em meados do século 20, o crescimento populacional já está desacelerando.

Pode levar 15 anos para chegar a 9 bilhões de habitantes, e a ONU não tem expectativa de alcançar 10 bilhões até 2080. É difícil calcular o número de pessoas no mundo com precisão, e a ONU admite que suas contas podem ter uma margem de erro de um ou dois anos.

Nos anos anteriores, a ONU selecionou bebês para representar o nascimento da 5ª, 6ª e 7ª bilionésima criança do mundo. O g1 contou a história dessas crianças que se tornaram símbolos.

De acordo com o relatório, a população chegará ao seu auge na década de 2080, com 10,43 bilhões de habitantes e deve ficar nesse nível até 2100, quando começará a diminuir. A superpopulosa China, tradicionalmente o país mais populoso do mundo por décadas, já apresenta uma diminuição significativa no crescimento, e por isso deve ser passada pela Índia em 2023.

Segundo a estimativa, o Brasil deve deixar o top 10 dos países mais populosos até o fim do século.

Gráfico da população mundial — Foto: BBC

Gráfico da população mundial — Foto: BBC

Fonte: Por Gustavo Foster, g1 RS

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