Cabeleireira critica o preconceito de CEP, quando profissionais são preteridos por atuarem em bairros

A empreendedora Suelen Duracenski, 37 anos, fez um desabafo no seu perfil no facebook que teve repercussão em curtidas e comentários. O preconceito de CEP: quando o bairro em que se reside representa uma barreira de acesso ao trabalho.

A alegretense disse ao PAT que há tempos percebe um certo preconceito em relação ao trabalho de quem reside em certos bairros da cidade. “Vejo que muitas pessoas têm o conceito de que apenas o que tem um valor agregado se traduz no melhor, mas não é isso. Eu sou formada há seis anos e seis que trabalho muito para dar o meu melhor e, muitas vezes a cultura de ir em uma loja “cara” é o que importa, contudo, muitas vezes esses locais pecam, inclusive no atendimento.”- cita.

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“Eu abri meu salão há cinco anos, e meu objetivo sempre foi dar o melhor atendimento e deixar a cliente satisfeita. Mas, talvez, pelo fato de ser em um bairro na Zona Leste, existe muito preconceito, por não ter “o glamour de alguns do centro”, entretanto, a qualidade parece secundária, o que é um erro nesse julgamento.”- destaca.

A cabeleireira acrescenta que o trabalho pode ser ótimo, mas falta humildade de muitos para que possam reconhecer que não é o local que faz o profissional e, sim, a qualificação.

Compreende-se como discriminação a forma de tratamento injusto ou negativo direcionado a uma determinada pessoa ou grupo. É quando a igualdade, fundamental no ambiente profissional, é alterada. Define-se preconceito como a opinião formada antecipadamente, sobre determinada pessoa ou grupo, se baseando em conceituação prévia e em estereótipos.

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“Penso que há espaço para todos, e as pessoas precisam valorizar todos os profissionais. É inadmissível, o preconceito ou julgamento pelo teu comércio ser em bairro. Esse olhar de que tudo precisa ter decorações grandiosas e que precisa ser em uma sala na região central, é um erro. As pessoas devem conhecer o trabalho e o profissional primeiro. Eu amo o que faço e isso é realizado com paixão, portanto, não admito algumas reações em razão de que meu salão ou qualquer comércio é em bairro, as pessoas precisam ter empatia e respeito. Existem profissionais que são incríveis e residem em bairros, atendem em bairros.” falou.

Se há algo que deveria ser, mas não é nada simples na existência humana, é a arte de conviver em meio às diferenças, sendo assim, a cabeleireira acrescenta que o desabafo em seu perfil falando da importância em valorizar o trabalho de todos, independente dos bairros ou região central. Todos precisam ter o seu espaço valorizado independente da área da cidade, mas pelo que são como profissionais. Está faltando amor e empatia nas pessoas- comenta.

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Ilza Batista da Costa Rocha

Perfeito o seu desabafo. É uma triste realidade do nosso país, e não somente de uma cidade do interior.
Nas grandes cidades as pessoas que residem em bairros periféricos que recebem nomes bonitinhos como Residencial fulano de tal são discriminadas pelos serviços de uber e de táxi, assim quando vão disputar uma vaga de emprego. Conheço bem esta realidade e os comentários ” há, mas tu mora lá?..É muito triste e revoltante..Quando vamos evoluir para um patamar de cidadãos?